sexta-feira, 30 de abril de 2010
Pensando ....
Gato , de Miró
«...; e é o uso da sensibilidade e não a própria sensibilidade, que vale em arte.»
FERNANDO PESSOA
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Pensar com Almada....pode dar jeito...
Quando a Lua Cheia Chegar....
Lua cheia, hoje... a não perder
QUANDO A LUA CHEIA CHEGAR IREI A SANTIAGO DE CUBA
Quando a lua cheia chegar, irei a Santiago de Cuba
Irei a Santiago num coche de água negra
Irei a Santiago
Cantarão os tetos de palmeira
Irei a Santiago
Quando a palma quer ser cegonha
Irei a Santiago e quando quer ser medusa a bananeira
Irei a Santiago
Irei a Santiago com a loura cabeça de Fonseca
Irei a Santiago
E com a rosa de Romeu e Julieta
Irei a Santiago
Mar de papel e prata de moedas
Irei a Santiago
Oh, Cuba! Oh ritmo de sementes secas!
Irei a Santiago
Oh, cintura quente e gota de madeira!
Irei a Santiago
Harpa de troncos vivos
Jacaré
Flor de tabaco
Irei a Santiago
Sempre disse que iria a Santiago num coche de água negra
Irei a Santiago
Brisa e álcool nas rodas
Irei a Santiago
Meu coral na treva
Irei a Santiago
O mar afogado na areia
Irei a Santiago
Calor branco fruta morta irei a Santiago
Oh, bovino frescor de carriço!
Oh, Cuba! Oh, curva de suspiro e barro!
Irei a Santiago
Federico Garcia Lorca
QUANDO A LUA CHEIA CHEGAR IREI A SANTIAGO DE CUBA
Quando a lua cheia chegar, irei a Santiago de Cuba
Irei a Santiago num coche de água negra
Irei a Santiago
Cantarão os tetos de palmeira
Irei a Santiago
Quando a palma quer ser cegonha
Irei a Santiago e quando quer ser medusa a bananeira
Irei a Santiago
Irei a Santiago com a loura cabeça de Fonseca
Irei a Santiago
E com a rosa de Romeu e Julieta
Irei a Santiago
Mar de papel e prata de moedas
Irei a Santiago
Oh, Cuba! Oh ritmo de sementes secas!
Irei a Santiago
Oh, cintura quente e gota de madeira!
Irei a Santiago
Harpa de troncos vivos
Jacaré
Flor de tabaco
Irei a Santiago
Sempre disse que iria a Santiago num coche de água negra
Irei a Santiago
Brisa e álcool nas rodas
Irei a Santiago
Meu coral na treva
Irei a Santiago
O mar afogado na areia
Irei a Santiago
Calor branco fruta morta irei a Santiago
Oh, bovino frescor de carriço!
Oh, Cuba! Oh, curva de suspiro e barro!
Irei a Santiago
Federico Garcia Lorca
terça-feira, 27 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
Abrilando.... só chegámos ao fim do dia ...
Os adultos dizem tantos disparates nestas comemorações oficiais... que depois deste desfile sempre prazeiroso e de encontros há muito adormecidos, a festa de ver ramalhetes de gente jovem com as suas crianças... fez-me centrar nelas o dia que se passou ...
Espero bem que lhes tenham explicado porque estavam a brincar numa chaimite.... porque elas não esquecem...
Abril, 25...e já passaram 36 anos...
Fotografia de Abril de 1999- Castelo O meu semblante não é muito diferente do do Rafael de quem falei aqui há 1 ano.
Muitos rostos têm mudado com o tempo na expressão da alegria e da tristeza, os tempos são de desconfiança...
Mas ninguém nos pode tirar a magia do grande dia 25 de Abril de 1974.
Muitos rostos têm mudado com o tempo na expressão da alegria e da tristeza, os tempos são de desconfiança...
Mas ninguém nos pode tirar a magia do grande dia 25 de Abril de 1974.
Luanda Cozetti, Retalhos
sábado, 24 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
António no Outro Lado do Mundo - dia mundial do livro
Esta a estória , quer pelo conteùdo quer pelos desenhos, que eu gostaria de oferecer neste dia , a míudos e graúdos, tal como o fez o meu rebento António, depois de regressar de três dias de puro lazer, em tempo de juventude em fase de autonomia.... como acto de reconciliação...
É muito lindo.... (Edições Kual, de Malachy Doyle e ilustração de Carll Cneut)
ANTÓNIO FOI VISITAR A SUA ENCANTADORA AVÓ, numa pequena ilha no outro lado do mundo.
Divertiram-se a valer, remando no barco da avó por todo lado e a atirarem pão com doce aos rabugentos monstros marinhos.
Mas depois de uma semana muito divertida, António já não conseguia chegar aos remos.
E depois de outra semana também muito divertida, já nem conseguia
espreitar pela borda do barco.
“ Gosto muito que estejas comigo,” disse a avó.
“Mas estás com metade do tamanho que tinhas quando chegaste. Tens saudades da tua mãe, esse é que é o problema. Está na hora de ir para casa.”
Então a avó preparou-lhe um grande saco cheio de pão com doce, beijou-o na adorável cabecita, e ele lá partiu.
De regresso a casa, António arranjou trabalho num navio, “És muito pequeno para grumete” disse o velho capitão mal humorado, “Mas acho que serves”.
O trabalho era duro e o mar agitado, mas “Vou para casa!” cantava António alegremente.
“Porque quero estar em casa com a minha Mãe!”
O pequeno António chegou finalmente a terra firme, mas agora estava ainda mais pequeno.
Muito mais pequeno.
(bom, como aa estória é longuita, só quero dizer que o pequeno António foi tendo várias ocupações ,, mesmo dentro da sua pequenez mas sempre cantando “Vou para casa!”
“Vou para junto da minha mãe!”
Finalmente , António chegou a casa, mas estava tão pequenino que a sua mãe não deu por ele.
“Olá mãe!” guinchou, mas ela não o conseguia ver e muito menos ouvir….
“O que é?” disse, olhando á sua volta.
“É um rato?”
“Sou eu, o teu filho!” gritou António puxando-lhe a saia.
“Quem está aí?” disse a mãe
“É um duende”
Então o pequeno António saltou para cima da mesa, mesmo à frente dos seus olhos, e gritou,
“SOU EU, O ANTÓNIO, CHEGUEI FINALMENTE!”
“É maravilhoso ter-te de volta, meu amor, mas seria melhor se crescesse um pouco.”
E então a mãe deu-lhe pão
E deu-lhe leite, deu-lhe carne
E deu-lhe cenouras, deu-lhe bolo e deu-lhe papas,
Até que ele cresceu,
E cresceu
E cresceu.
Cresceu tanto que podia sentar-se no telhado a gritar,
“QUE BOM QUE É ESTAR EM CASA!”
E acenava à sua encantadora avó no outro lado do mundo.
E a avó acenava-lhe de volta.
Divertiram-se a valer, remando no barco da avó por todo lado e a atirarem pão com doce aos rabugentos monstros marinhos.
Mas depois de uma semana muito divertida, António já não conseguia chegar aos remos.
E depois de outra semana também muito divertida, já nem conseguia
espreitar pela borda do barco.
“ Gosto muito que estejas comigo,” disse a avó.
“Mas estás com metade do tamanho que tinhas quando chegaste. Tens saudades da tua mãe, esse é que é o problema. Está na hora de ir para casa.”
Então a avó preparou-lhe um grande saco cheio de pão com doce, beijou-o na adorável cabecita, e ele lá partiu.
De regresso a casa, António arranjou trabalho num navio, “És muito pequeno para grumete” disse o velho capitão mal humorado, “Mas acho que serves”.
O trabalho era duro e o mar agitado, mas “Vou para casa!” cantava António alegremente.
“Porque quero estar em casa com a minha Mãe!”
O pequeno António chegou finalmente a terra firme, mas agora estava ainda mais pequeno.
Muito mais pequeno.
(bom, como aa estória é longuita, só quero dizer que o pequeno António foi tendo várias ocupações ,, mesmo dentro da sua pequenez mas sempre cantando “Vou para casa!”
“Vou para junto da minha mãe!”
Finalmente , António chegou a casa, mas estava tão pequenino que a sua mãe não deu por ele.
“Olá mãe!” guinchou, mas ela não o conseguia ver e muito menos ouvir….
“O que é?” disse, olhando á sua volta.
“É um rato?”
“Sou eu, o teu filho!” gritou António puxando-lhe a saia.
“Quem está aí?” disse a mãe
“É um duende”
Então o pequeno António saltou para cima da mesa, mesmo à frente dos seus olhos, e gritou,
“SOU EU, O ANTÓNIO, CHEGUEI FINALMENTE!”
“É maravilhoso ter-te de volta, meu amor, mas seria melhor se crescesse um pouco.”
E então a mãe deu-lhe pão
E deu-lhe leite, deu-lhe carne
E deu-lhe cenouras, deu-lhe bolo e deu-lhe papas,
Até que ele cresceu,
E cresceu
E cresceu.
Cresceu tanto que podia sentar-se no telhado a gritar,
“QUE BOM QUE É ESTAR EM CASA!”
E acenava à sua encantadora avó no outro lado do mundo.
E a avó acenava-lhe de volta.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Ainda com os olhos a brilhar...(2)
terça-feira, 20 de abril de 2010
Olhos que brilham... porque só pode ser assim... (1)
É de emoção a visita guiada à Reserva Natural Cascais-Sintra e ainda por cima numa manhã plena de luz e ca
lor . Nada ensombrou o céu limpido .... Não fosse o diabo tece-las... em tempo de tanta escuridão atmosférica...
Já não era para mim desconhecida a existência de um património florestal único no mundo assim como património geológico do período jurássico com grutas vulcânicas, junto a uma praia de sonho , a do Abano, aonde precisamente começa o esplendoroso Cabo da Roca...
Já não era para mim desconhecida a existência de um património florestal único no mundo assim como património geológico do período jurássico com grutas vulcânicas, junto a uma praia de sonho , a do Abano, aonde precisamente começa o esplendoroso Cabo da Roca...
Não deixem de aí passar durante esta primavera que se divide entre dias de sol e tardes de chuva, como a de hoje...
...desculpem a repetição de uma fotografia...
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Domingos...
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Retratos de L. Freud e a vida como ela é....
Entre o aqui o agora, não posso mesmo sair daqui...
"Eles"... não querem que eu saia mesmo daqui.... Máximo, máximo...Fuentes Oñoro....
Há um ano estava em Paris...
Hoje vou fazer de conta... Reconverter, novo verbo a trabalhar todos os dias...
Por isso, vou continuar pelo Centro G. Pompidou...
Bom fim de semana.
"Eles"... não querem que eu saia mesmo daqui.... Máximo, máximo...Fuentes Oñoro....
Há um ano estava em Paris...
Hoje vou fazer de conta... Reconverter, novo verbo a trabalhar todos os dias...
Por isso, vou continuar pelo Centro G. Pompidou...
Bom fim de semana.
O vazio e a solidão na pintura de Hopper
Edward Hopper(1882-1967) pintor norte americano, misterioso nas suas representações realistas plenas de solidão...
"Os edifícios, geralmente enormes e vazios, assumem um aspecto inquietante e as cenas parecem ser denominadas por um silêncio perturbardor"....
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Foi bom poemar....
Eduward Hopper, Quarto de Hotel
Em todo o tempo
Há flores
Que teimam
Ser flores.
E há sempre um sol
Para a flor
Que teima
Ser flor.
É por isso que uma flor
É sempre
Um sorriso de sol.
C. Alves, 30.12.1984
Há mudanças na vida que nos obrigam a remexer no passado distante, mas belo. Hoje, num envelope verde , onde se lia "...cuidado, contém um sorriso" saiu este sentido poema...
Em todo o tempo
Há flores
Que teimam
Ser flores.
E há sempre um sol
Para a flor
Que teima
Ser flor.
É por isso que uma flor
É sempre
Um sorriso de sol.
C. Alves, 30.12.1984
Há mudanças na vida que nos obrigam a remexer no passado distante, mas belo. Hoje, num envelope verde , onde se lia "...cuidado, contém um sorriso" saiu este sentido poema...
terça-feira, 13 de abril de 2010
Últimos dias....
Atenção amigos e companheiros de viagem....
É a última semana para poder ser vista a Exposição com as recolhas fotográficas e musicais feitas por Michele Giacometti ao longo da sua vida passada entre nós.
Assim encerram as comemorações dos seus 80 anos.
Av. de Sabóia, no Monte Estoril no Museu da Música Portuguesa Verdades de Faria
segunda-feira, 12 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
" Para mim o quadro é a pessoa"...
Grande exposição do " maior pintor inglês vivo", no Centro Pompidou, em Paris.
Lucien Freud, define-se como "um biólogo" e acentua a distância da sua pintura da "essência" dos românticos, situando-se não do lado da psicologia mas no da fisiologia.
Diz: " Gosto de ver as pessoas tão naturalmente e fisicamente à vontade como os animais"..." O que me interessa verdadeiramente nas pessoas é o lado animal. É por isso que gosto de trabalhar a sua nudez..."
sábado, 10 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Momentos...
Alguém dizia há tempo que a CM, deveria pôr uns banquinhos no jardim aqui à porta de casa....
Pessoalmente gosto assim. Mas... neste momento fui agradavelmente surpreendida pela criatividade dos meninos , que ainda estão em férias, e que com esta tarde de alegre primavera, não resistiram a improvisar as suas brincadeiras aos olhos de todos...
Era assim , quando os nossos meninos hoje homens, podiam brincar na rua de manhã à noite sob o nosso olhar despreocupado...
quinta-feira, 8 de abril de 2010
O importante...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Já em casa com os olhos a brilhar...
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Quase regresso....
E para trás vão ficando as memórias de dias vividos entre os amigos e a tradição pascal que se volta a repetir para as festas de Agosto no que respeita a esta largada de touros com o tradicional forcão (ver aqui).
domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Ainda a quaresma pelas Beiras Interiores
Vim para uns dias diferentes até à Beira Interior, região raina, sonhando com o anho assado de domingo de Páscoa.
Mas, eis-me confrontada , em várias aldeias, com as cerimónias nocturnas da Quaresma, para mim desconhecidas. De aldeia em aldeia, duas noites seguidas, dou-me com a procissão do Divino Cordeiro, a última na bela aldeia histórica de Monsanto.
A tradição repete-se anualmente, sem perder a essência do costume.
Importa que as tradições não se esbatam com o tempo e se mantenham enraízadas nas suas origens. É assim, na Beira Alta e Beira Baixa em tempo de Quaresma....
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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