terça-feira, 23 de dezembro de 2008

E agora sim, boas-festas!!!


A cada um de vós o Natal
que vos é sentido ou permitido!
O Ano Novo que vos deixe surpreender com tudo de bom!
Anamar




4 comentários:

samuel disse...

Por aí também.

Boas festas!

virita disse...

Festas,festas,festas, todas boas,alegres e parazenteiras...e com boa companhia ( é de dispensar a ovelha ,o burro, o boizinho..!

mdsol disse...

Ano bom ! Dias felizes!
:)))))

argonauta disse...

Distância

Não vás para tão longe!
Vem sentar-te
Aqui na chaise-longue, ao pé de mim...
Tenho o desejo doido de contar-te
Estas saudades que não tinham fim.

Não vás para tão longe;
Quero ver
Se ainda sabes olhar-me como d'antes,
E se nas tuas mãos acariciantes,
Inda existe o perfume de que eu gosto.

Não vás para tão longe!
Tenho medo
Do silêncio pesado d'esta sala...
Como soluça o vento no arvoredo!
E a tua voz, amor, como se cala!

Não vás para tão longe!
Antigamente,
Era sempre demais o curto espaço
Que havia entre nós dois...
Agora, um embaraço,
Hesitas e depois,
Com um gesto de tédio e de cansaço,
Achas inconveniente
O meu abraço.

Não vás para tão longe!
Fica. Inda é tão cedo!
O vento continua a fustigar
Os ramos sofredores do arvoredo,
E eu ponho-me a pensar
E tenho medo!

Não vás para tão longe!
Na sombra impenetrada,
Como se agita e se debate o vento!...
Paira nas velhas ruínas do convento

Que além se avista,
A alma melancólica d'um monge
Que a vida arremessou àquela crista...

Céu apagado, negro, pessimista,
E tu sempre mais longe!...

Fernanda de Castro, in "Antemanhã"
ARGONAUTA