O ator, de Picasso, 1904
O Ator
Do ator é ele sendo muitos
e sendo muitos só assim ser ele
alegrias paixões amores e lutos
E as máscaras da vida á flor da pele.
O rico e o pobre o rei e o vagabundo
O rosto mais formoso e o mais medonho
Que só ele é Ninguém e Todo-o - Mundo
E só por ele em cena a vida é sonho.
Mas de todos só ele é todos nós
quem nos sonhamos quem não somos quem
por ele é outra vida em cada ato.
E é ele quem vive e morre de ser voz
de ser o corpo e a alma de ninguém
No teatro do mundo no teatro .
Poema de Manuel Alegre
Bom fim de semana...
Por lapso técnico que me ultrapassa não foram
publicados alguns comentários do post anterior...