quinta-feira, 12 de junho de 2014
Gosto do que estou a ler . Uma forma de escrever, Alentejo
Na confusão do mundo, um rapaz sobe a rua. O interior é igual em toda a parte.
Mas hoje vai mudar. Ele traz um segredo terrível no bolso do kispo.
Faz calor na província dos suicidas. Dá vontade de rir, uma cidade em que até o coveiro se mata... São estatísticas, tudo em números.
Na Internet, há sexo e doidos japoneses e americanos para conversar em directo. No campo, granadas e ervas venenosas. No prédio, um jovem assassino toca órgão.
O space-shuttle leva cortiça do Alentejo para o Espaço. O Bispo viu o maior massacre da guerra de África e calou-se.
Mas hoje vai responder. Os factos verdadeiros são os piores.
O amor do rapaz rebentou.
Que responsabilidade temos quando nada fazemos?
Em que fado parámos, onde fica Portugal?
Do livro " E se eu gostasse muito de morrer", de Rui Cardoso Martins, editora D. Quixote
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