LAMÚRIA DO CEGO QUE ANTES QUE O FOSSE
Quando era cego eu previa
(que freguesia)
o que ía acontecer,
Era o que se dizia...
Mas agora que bem vejo,
só agoiro do que vejo,
e já ninguém me quer crer...
Porquê,
se todos o podem ver!
Alexandre O`Neill, Poesias Completas