Afinal que corpo é
este que sinto já não
sendo meu e todavia
me persegue e precede
e comigo sempre anda
me vigia e me censura?
Que desertos ou montanhas
o mudam ou o limitam?
Vejo às vezes meu corpo
alheio ao que pretendo
e agora não alcanço
de súbito renovar-se.
Juntos vamos pela vida
o sonho recuperando.
Do livro de poemas"Caderno de Encargos" de Liberto Cruz
Sem comentários:
Enviar um comentário