É quando um espelho, no quarto,
Se enfastia;
Quando a noite se destaca
Da cortina;
Quando a carne tem o travo
Da saliva.
E a saliva sabe a carne
Dissolvida;
Quando a força de vontade
Ressuscita
Quando o pé sobre o sapato
Se equilibra…
É quando ás sete da tarde
Morre o dia
- que dentro das nossa almas
Se ilumina,
Com luz lívida , a palavra
Despedida.
Poema de David Mourão Ferreira
2 comentários:
Sempre empolgante revisitar David Mourão-Ferreira.
Obrigada por mo trazeres:))
As palavras tão bem escolhidas...e as cores da imagem tão a propósito...
:))))
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