VISITAÇÃO
Tenho uma flor
de que não sei o nome
Na varanda,
em perfume comum
nos outro aromas:
hibisco, uma roseira,
um pé de lúcia - lima
Mas esses são prodigios
para outra manhã:
é que esta flor
gerou folhas de verde
assombramento,
minúsculas e leves
Não a ameaçam bombas
nem romãnticos ventos,
nem mísseis ,ou tornados,
nem ela sabe, embora esteja perto,
do sal em desavesso
que o mar traz
E o céu azul de Outono
a fingir Verão
é, para ela, bênçâo,
como a pequena água
que lhe dou
Deve ser isto
uma espécie da paz:
um segredo botãnico
de luz
Poema de Ana Luísa Amaral, in Rev. Egoísta, cujo tema é dedicado à Paz.
1 comentário:
Merci pour la beaute du visuel,le contenu toujours aussi poétique, les informations toujours aussi interessantes!
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