"Mas o amor também nos permite ver a beleza do mundo que nos rodeia. Há quem diga que é uma ilusão, que quando estamos apaixonados projectamos no mundo as nossas fantasias, mas eu penso que, pelo contrário, potenciamos as nossas capacidades para ver e ouvir. A mãe que brinca feliz com o filho vê com maior intensidade as cores dos brinquedos, ouve o chilrear dos passarinhos. E quando fazemos uma viagem com a pessoa por quem estamos apaixonados percebemos, qual revelação, a deslumbrante beleza das casas da cidade que visitamos, o encanto dos recifes que se precipitam no mar, o brilho de um pôr do Sol, a sublime poesia de uma catedral ou mosteiro que nunca tínhamos visto. E tudo se multiplica quando comentamos, quando partilhamos esses pensamentos e emoções com o ser amado.
E, quando apreciamos a beleza de uma paisagem ou de uma obra de arte sozinhos, temos uma experiência que se assemelha ao êxtase. Nesse instante, é como se caíssem as barreiras que nos isolam do mundo e a essência do objecto irrompe, apodera-se de nós. É como no amor: quando entramos em contacto directo com a natureza profunda do outro, captamos-lhe a incrível e assombrosa singularidade.
Não devemos maravilhar-nos por o amor nos levar a ver a beleza. Abre os olhos, escancara o coração, põe-nos em contacto directo com a realidade. Dá-se o oposto se estivermos fechados sobre nós mesmos, tristes, cheios de raiva e desconfiados porque, quando o nosso coração está fechado, os nossos olhos também o estão. E até podemos passar em frente das mais belas maravilhas naturais, das mais sublimes obras de arte sem as ver nem sentir. "
E, quando apreciamos a beleza de uma paisagem ou de uma obra de arte sozinhos, temos uma experiência que se assemelha ao êxtase. Nesse instante, é como se caíssem as barreiras que nos isolam do mundo e a essência do objecto irrompe, apodera-se de nós. É como no amor: quando entramos em contacto directo com a natureza profunda do outro, captamos-lhe a incrível e assombrosa singularidade.
Não devemos maravilhar-nos por o amor nos levar a ver a beleza. Abre os olhos, escancara o coração, põe-nos em contacto directo com a realidade. Dá-se o oposto se estivermos fechados sobre nós mesmos, tristes, cheios de raiva e desconfiados porque, quando o nosso coração está fechado, os nossos olhos também o estão. E até podemos passar em frente das mais belas maravilhas naturais, das mais sublimes obras de arte sem as ver nem sentir. "
Alberoni
Sociólogo e jornalista
Sociólogo e jornalista
Pintura fauvista de Raphel Medeiros
6 comentários:
Totalmente de acordo! O amor ilumina tudo à nossa volta, e ajuda-nos a melhorar o mundo!
Sem dúvida. Ainda por cima, com a vantagem de prolongar as memórias no tempo.
Anamar primeiramente quero dizer que estou com saudades...
Adorei este pensar sobre o "Amor".
Como diz nosso poeta Afonso Romano Sant'Anna, "quando amo, sou múltiplo e paciente, pareço um construtor".
bjs, Eliete
Talvez por isso
tenha por hábito abrir as portas
e escancarar janelas
não vá o amor passar
sazonal como as andorinhas
em liberdade
Amor sazonal, que bela definição...é mesmo isso, vai e volta, volta e vai...
Le texte d'Alberoni est si clair qu'il m'a semblé lire du français!
Des folies à vivre pour les découvertes si renversantes que l'on rencontre avec l'Amour.
Enviar um comentário