Vinte de Janeiro de 82 Era uma tarde de inverno igual a tantas outras. Mais um dia de trabalho que chegava ao fim O telefone tocou. Sabes quem morreu? A Elis? Não, deve ser engano. Não não é... E não era. Uma das cantoras da minha geração partia cedo demais.Adorava aquela energia. Nesse dia saí do banco a precisar de silêncio...e vim a pé até casa. E nesses três quilómetros chorei a sua perda como se chora alguém nosso.Muito nosso. E este requiem nasceu nesse caminho,foi lido um ano depois num programa do Júlio Isidro mas nunca o publiquei. Hoje aí vai ele para a minha amiga Anamar que nos oferece inesperada e repetidamente momentos tão doces
Uma lágrima por Elis
Sarava Elis Quando te vi e te ouvi cantar assim como só tu cantavas percebi que nunca mais deixaria de gostar da música do teu país
O fogo do teu olhar aquele palco tão pequeno prá força de um "arrastão" Teu "upaneguinho" ligeiro cabia todo ele inteiro dentro da minha emoção
"Fascinação" nesse encanto que trazia até à gente outra gente tão igual sabia a mar e a ternura e dava-nos essa loucura de viver para sonhar
Contigo vai um pouco desta alma de mulher comum vulgar e o carinho por alguém que atingiu o mundo inteiro com esse tiro tão certeiro de dizer tudo a cantar
Com Venicius e com Brel Com Lennon e contigo parte um sonho e "aquele abraço" Fica também a certeza tão triste densa e imensa nesse "trem" que descarrila e a que a gente chama VIDA
5 comentários:
Não pode ser mais bem cantado!
O complemento certo para o teu pôr-de-sol de encantar...
Não poderia haver melhor interlúdio para as tuas lindas fotos que esta Estrada do Sol na voz da nossa Elis Regina.
Vinte de Janeiro de 82
Era uma tarde de inverno igual a tantas outras. Mais um dia de trabalho que chegava ao fim O telefone tocou.
Sabes quem morreu?
A Elis? Não, deve ser engano. Não não é...
E não era.
Uma das cantoras da minha geração partia cedo demais.Adorava aquela energia.
Nesse dia saí do banco a precisar de silêncio...e vim a pé até casa.
E nesses três quilómetros chorei a sua perda como se chora alguém nosso.Muito nosso.
E este requiem nasceu nesse caminho,foi lido um ano depois num programa do Júlio Isidro mas nunca o publiquei. Hoje
aí vai ele para a minha amiga Anamar que nos oferece inesperada e repetidamente momentos tão doces
Uma lágrima por Elis
Sarava Elis
Quando te vi
e te ouvi cantar assim
como só tu cantavas
percebi que nunca mais
deixaria de gostar
da música do teu país
O fogo do teu olhar
aquele palco tão pequeno
prá força de um "arrastão"
Teu "upaneguinho" ligeiro
cabia todo ele inteiro
dentro da minha emoção
"Fascinação" nesse encanto
que trazia até à gente
outra gente tão igual
sabia a mar e a ternura
e dava-nos essa loucura
de viver para sonhar
Contigo
vai um pouco
desta alma de mulher
comum
vulgar
e o carinho por alguém
que atingiu o mundo inteiro
com esse tiro tão certeiro
de dizer tudo a cantar
Com Venicius e com Brel
Com Lennon e contigo
parte um sonho
e "aquele abraço"
Fica também a certeza
tão triste
densa
e imensa
nesse "trem"
que descarrila
e a que a gente
chama VIDA
Que te guarde em bom lugar a Senhora da Aparecida
Era uma vez...
Sem palavras ...
só posso oferecer aos outros o que me deu.
beijinho
Ana
é de coração...
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