José Gomes Ferreira foi dar um pequeno passeio antes de se deitar. E, escreveu.
Boas noites, árvore.
E toquei-lhe com as mãos.
- folhas de sol cansado
na Primavera arrefecida.
Boas noites, árvore.
Mas a árvore não respondeu
no seu atavio
de luar fosco.
Senti apenas o arrepio
do vento com as mãos de carne no meu rosto.
In, Poesia Completa. IV
4 comentários:
Poeta das palavras que são como mãos.
A sensibilidae é sempre de apreciar!
Quando não sei à quantos anos tive o primeiro livro de José Gomes Ferreira senti-me deslumbrada e logo de seguida fui comprar outro e depois outro!...
Beijinhossssss
Bela Manou,
Pois eu há anos, quando andavam a saldar JGF, comprei as Obras Completas...
Beijocas
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