segunda-feira, 2 de julho de 2012

Viagens no tempo... e por uma praia que perdeu o jeito

Passeando pela minha terra, pois pertenço ao universo dos que têm terra..., deparei-me com as festas religiosas de Buarcos cujo padroeiro é S. Pedro. 
De manhã a bênção do mar, nesta fotografia de João Viana. Uma praia que mais parece um deserto , cuja obra de engenharia em meados do séc. passado, deu num resultado catastrófico para a que foi a rainha das praias de Portugal. Falo-vos da praia de Claridade, Figueira da Foz.
Hoje o mar não se vê da cidade, só uma linha ténue que mais parece a do horizonte. 
Um verdadeiro ato de coragem a frequência desta praia. Espero  dar novas amostras desta monstruosidade.
De tarde, durante o meu passeio cardio, a memória dos meus afetos de criança, foi excitada pela procissão de S. Pedro , cujos andores eram levados por mulheres "trajadas", umas de peixeiras, outras peixeiras de verdade.  Na dianteira e na retaguarda  bandas. A minha paixão. E, a cidade e arredores é prolifera em associativismo musical.
 Como uma estranha, incorporei.-me no coletivo para sentir o batimento , o compasso que rege uma banda . E,  a menina que fui, a Santa Rita de Cássia, que  a devoção de minha mãe  me emprestou na sua fé a várias procissões, fé mais de horas aflitas que de religiosidade feita , fez-me recordar os passos de dança, que a música provocava dentro de mim e me fazia alterar o ritmo que deveria ser imprimido.  O passo de procissão.
De quando em quando, a mãe Anita lá me aparecia, feita maestrina, com a sua mãozinha, para que abrandasse.
Mais lembranças virão à ribalta por estes dias que aqui estou a passar.


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