Ontem, com um vinho à altura e um jantarinho supimpa, em companhia de grandes "coimbrinhas", festejámos a elevação de Coimbra a Património Material e Imaterial da Humanidade. Processo muito complicado mas que chegou a um bem merecido "happy end".
Quando fiz dezasseis anos fui numa excursão de Liceu a Coimbra. Era Maio e um calor acima do esperado. Ruas, parques, jardins,Universidade,Sé e nós saltitantes olhando deslumbradas a cidade mágica do nosso imaginário. Estudantes, as capas, o fado de Coimbra tantas vezes ouvido na TV da altura.
Era coisa de filme. Dois ou três estudantes convidaram-nos a visitar uma República, coisa que sinceramente nem sabia o que era.
E lá fomos, um grupinho. Quatro ou cinco. Olhávamos as paredes e aqui ou ali percebíamos alguns excessos...mas fingimos não entender. Voltámos ao autocarro e contámos.
Uma das professoras olhou-nos como se tivéssemos perdido a inocência. Ai, não devíamos ter ido? Então tivessem avisado. Sabíamos lá nós...
Enfim, foi um dia fantástico, Quando o autocarro deu a última curva, subindo a serra, e a cidade deixou de se avistar, senti uma lágrima de saudade que sabia ficaria guardada nas caixinhas onde se guardam os diários, os primeiros poemas, os suspiros por um amor que há-de estar a caminho.
Por aqui, no meu coração, também se comemora e, agora, mulher madura,lembro a voz trémula do meu Zeca abrindo o seu último concerto "Do choupal até à Lapa..."
Também ele ficará para sempre na caixinha das doces memórias.
3 comentários:
Da poesia de António Borges Coelho, da música de Luis Cília e da Voz de Adriano.
Muito bom!
Abraço
Quando fiz dezasseis anos fui numa excursão de Liceu a Coimbra.
Era Maio e um calor acima do esperado.
Ruas, parques, jardins,Universidade,Sé e nós saltitantes olhando deslumbradas a cidade mágica do nosso imaginário. Estudantes, as capas, o fado de Coimbra tantas vezes ouvido na TV da altura.
Era coisa de filme.
Dois ou três estudantes convidaram-nos a visitar uma República, coisa que sinceramente nem sabia o que era.
E lá fomos, um grupinho. Quatro ou cinco. Olhávamos as paredes e aqui ou ali percebíamos alguns excessos...mas fingimos não entender. Voltámos ao autocarro e contámos.
Uma das professoras olhou-nos como se tivéssemos perdido a inocência.
Ai, não devíamos ter ido? Então tivessem avisado. Sabíamos lá nós...
Enfim, foi um dia fantástico, Quando o autocarro deu a última curva, subindo a serra, e a cidade deixou de se avistar, senti uma lágrima de saudade que sabia ficaria guardada nas caixinhas onde se guardam os diários, os primeiros poemas, os suspiros por um amor que há-de estar a caminho.
Por aqui, no meu coração, também se comemora e, agora, mulher madura,lembro a voz trémula do meu Zeca abrindo o seu último concerto
"Do choupal até à Lapa..."
Também ele ficará para sempre na
caixinha das doces memórias.
Era Uma Vez,
pois Coimbra, terra aqui ao lado, nunca foi muito dos meus amores...
Gosto, para ir e vir...
Estudei por lá, mas sem vida académica digna desse nome.
Em pequena e adolescente, cheirava sempre a doença, pois ia-se ao domingo ver amigos(as) ao grande Hospital da Universidade.
Ia-se aos especialistas...
Hoje vou aos afetos.
E, um dia destes da semana, ver o Museu Machado de Castro, que dizem estar belo e bem recheado.
Breve escrevo. Tenho limitaçoes de net.
Abraço
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