sexta-feira, 14 de junho de 2013

Momentos soltos... e de ouro...

                                              "Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!"
 Apesar da morte " gozemos o momento,/ solenes na alegria levemente"

"Tenho mais almas do que uma/ Há mais eus do que e mesmo/ Existo todavia/ Indiferente a todos/ Faço-os calar : eu falo."


Ontem passei pela Casa Fernando Pessoa.
Passou por lá no seu melhor Jorge Palma. Pensei, este homem está na casa certa, há coisas comuns entre o cantor e o "fingidor"...
Nas escadas fotografei os três primeiros desenhos de crianças que aqui  exponho.  E, veio-me à   memória que cá por casa, há também um desenho feito me pelo meu filho António, aos 11 anos de idade e que foi premiado num concurso "Pessoa visto pelas crianças", em 1989. É o último... , aqui à direita.*

Versos soltos tirados do jornal "i", de dia 10/06/13

*adenda, por lapso não especifiquei qual o desenho do pequeno artista

10 comentários:

Anónimo disse...

Pessoa visto pelas crianças, que são mesmo o melhor do mundo...
Obrigada!
E o Jorge Palma é como o vinho do Porto...
:)
Ana Paula

Justine disse...

Uma delícia, Anamar! Precisamos tanto de coisas destas...

virita disse...

...e aonde está o desenho do filhote???

anamar disse...

Virita,

obrigada pela chamada de atenção.

Já está anotado o desenho do António.

Bj

António Abreu disse...

De repente captaste outras imagens de Pessoa quee lhe deram a cor das crianças, mundo onde ele não captou nenhum heterónimo vindo da memória.

anamar disse...

Verdade António, nunca tinha pensado nessa "lacuna" de Fernando Pessoa e dos seus "eus".

Anónimo disse...

Anamar,

Já li algures que Pessoa inventou um heterónimo, Chevalier de Pas, aos seis anos de idade, embora não me lembre de ter lido nada dele.
Vou investigar...
:)
Ana Paula

anamar disse...

Aqi vai, Ana Paula.

Pelos vistos existe mesmo...
chevalier de pas - aos 8 anos

à minha querida mamã


oh terras de Portugal
oh terras onde eu nasci
por muito que goste delas
ainda gosto mais de ti

Anónimo disse...

Obrigada Anamar!

Eu já conhecia essa quadra tão ternurenta, mas pensava que tinha sido escrita pelo Pessoa em criança, não sabia que era assinada pelo Chevalier de Pas.
Segundo o Robert Bréchon, ele e o Chevalier (amigo imaginário) trocavam cartas em francês, mas eu já li isto há muito tempo, já não me recordo bem.
Um beijinho.
Ana Paula

anamar disse...

E aprendi isso consigo, Ana Paula.

Fui pesquisar foi a forma que parece que encontrou após a perda do pai e manita...
Uma idade de enorme fantasia para as crianças, esta em particular, quase parece de nascença... :))

Abracinho