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Eu a julgar-te até catholico,
E tu saes-me um maçon.
Bem, ahi é que há espaço para tudo,
Para o bem temporal do mundo vario.
Que o teu sorriso doure quanto estudo
E o teu Cordeiro
Me faça sempre justo e verdadeiro,
Prompto a fazer fallar o coração
Alto e bom som
Contra todas as formulas do mal,
Contra tudo o que torna o homem precário.
Se és maçon - eu sou templario
Esqueço-te santo
Deslembro teu indefinido encanto.
Meu Irmão, dou-te um abraço fraternal
(excerto de poema dedicado a S. João, do livro Os Santos Populares. de Fernando Pessoa e ilustrações de Almada Negreiros e Eduardo Viana)
Mantive a ortografia original, a vigente à época....
3 comentários:
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~~ Tempos de grande atividade maçónica...
~~ A profunda antipatia do autor pela república...
~~ O desfecho do poema está genial...
~~ Gostei de o conhecer com a grafia original...
~~ Há quem diga
que ando a vilipendiar a língua de Camões e Pessoa...
~~~ Abraço de parabéns pela excelente postagem. ~~~
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Que lindo!! Desconhecia em absoluto! Este Fernando Pessoa era/é o máximo!!! Que bem discorria e escrevia sobre tudo. Um génio.
Que linda a entrada de hoje! Desde o poema até ao óleo. Muito futurista (que é o que estes tugas de hoje não são. Por medo...)
Abraço fraternal...
Não há santos impolutos
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