domingo, 12 de julho de 2015

Reler Jorge de Sena, afinal estamos no verão...

 "Sinais de fogo, os homens se despedem, exaustos e tranquilos, destas cinzas frias. (...) um breve instante, gestos e palavras, ansiosas brasas que se apagam logo".
Não é verdade, não se apagam. Mesmo quando tudo acaba e Mercedes parte para o Porto - e Jorge se interroga, e nós com ele ainda hoje: "Sabes... a gente conheceu-se cedo de mais, ou tarde de mais" -, são "as ansiosas brasas" da poesia que ecoam. Em verso: "Oh meu amor, de ti, por ti, e para ti,/ recebo gratamente como se recebe/ não a morte ou a vida, mas a descoberta/ de nada haver onde um de nós não esteja."

Excertos de Sinais de Fogo de Jorge de Sena

Mais , AQUI

Pintura de Modigliani, que hoje faria anos.

5 comentários:

Anónimo disse...

Anamaramiga

Primeiro que tudo: adoro Jorge de Sena e Modigliani.

Segundo: este é o último comentário que aqui te deixo; já tenho citado não sei quantas vezes Amor com amor se paga! O que não é propriamente o caso bem pelo contrário; eu tenho vindo aqui e comento; tu não vais à TRAVESSA e, obviamente não comentas...

Já que estou a puxar comentários, este também é porreiro: Quem não se sente, não é filho de boa gente. Tenho a certeza de que não te insultei, muito menos te ofendi, nunca te tratei mal. Ponto. é o fim da picada!

Mesmo assim e em jeito de despedida . qjs do alfacinha.

Majo disse...

~~~
~ Excelente ''post'', figueirense de gema...

~~~ Dias calorosos e animados. ~~~
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anamar disse...

Henrique Antunes Ferreira,

Obrigada por teres vindo até ao Mar à Vista e obrigada por deixares de vir. Não consideres, este ato de "gratidão" como uma falta de educação, mas em rigor não há pachorra para as tuas permanentes chamadas de atenção e demonstra que não deste atenção alguns escritos que te deixei em estilo de comentário a explicar a minha relação com a blogosfera.

Tenho vida , muito mais vida para lá de um PC e também outras coisas que não vou aqui relatar que me impedem assiduidades, cobrarem-me visitas..., da forma como o fazes, não vai com o meu feitio .

Fica bem, continua a escrever e passarei quando puder e comentarei se for caso disso . Saúde, muita saúde e que te não falte a arte e o engenho.

Abraço,

Ana Maria

anamar disse...

Majo,

Ainda bem que por aqui passaste...

Figueirense de gema, já não sou e bem o expliquei no FB quando coloquei este post sobre SINAIS DE FOGO.

Na Figueira, como sabes, tenho a minha mãe, de casa de quem vim ontem.
A idade, é uma chatice...

Beijinho e boa semana.

Ana

Graça Pires disse...

"Sinais de fogo" é um livro excelente. Gostei muito quando o li. Gostei que se passasse na Figueira e que Jorge de Sena explicasse nesse livro como lhe "aconteceu" a poesia.
Mas estás triste com a nossa terra? Realmente já nada é o que era...
Sabes que tenho um banco no jardim municipal com dois versos de um poema meu?
Um beijo e boa semana.