Aqui é uma terra do quase ninguém. Granja do Ulmeiro, mais conhecida por ALFARELOS.
Estação que já foi histórica nas ligações e transbordos da ferrovia ,situada na linha que liga Figueira da Foz a Coimbra. Quem vem do Norte o do Sul e queira ir para uma das localidades entre estas duas cidades tem que mudar em Alfarelos. Terra de frio e humidade no inverno e de calores infernais no verão. Pombal, ganhou-lhe em paragens obrigatórias de Alfas e Intercidades. Mas, hoje, recuperou um pouco dessa "dignidade" perdida para os passageiros ICs.
Uso-a com frequência. Aconteceu ontem. Mas , não me furtei, por engano a meia hora de espera.
Atravessei a linha e fui tomar um café.
Há quem me ache senhora de dar "confiança"... , mas isso não passa de crítica ao meu prazer de falar e sorrir para quem o sorriso me abre com a vontade de falar.
A solidão da terra, a crise, o que foi e já não é, mas o desejo de continuar a ser. A família, a doença, o cidadão e a cidadania, teria sido um "remanso" que iria até ao jantar, sim porque o dono do café estava contente. Na noite anterior tinha recebido 30 pessoas para comer. Coisa do natal. A época põe-se a jeito de fazer algumas pessoas felizes e a quebrar a solidão local.
O arroz doce era divinal.
A promessa de um café ou mais numa próxima viagem ficou agendada.
E, quando prometo, cumpro.
(Alfarelos, fica mesmo ao lado da linda vila de Montemor-o -Velho)
3 comentários:
Gostaria de conhecer um dia... Quem sabe em minha próxima viagem a Portugal...
Grande beijinho Anamar
Bia <°(((<
Tantas vezes que ouvi esse pregão quando era miúda e ia da Figueira da Foz para a Beira Alta para casa dos meus avós. Fizeste-me recordar a minha infância. Obrigada.
É pena a solidão das nossas vilas e aldeias... É um problema que tende a agravar-se.
Um beijo, minha amiga.
Tenho uma grande amiga nada e criada em Alfarelos - se bem que viva há muito aqui em Leiria. Ainda tem casa por lá e alguns familiares e amigos.
Conheço apenas a estação, claro!
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