Considerada esta sexta-feira a “Criança do Ano” pela revista Time, o trabalho desta jovem de 15 anos é o casamento perfeito entre ciência e humanidade: inventou ferramentas para garantir água potável, diagnosticar casos de vício por opioides e detetar o cyberbullying. Agora quer acabar com a depressão nos adolescentes.
Os seus pais são ambos engenheiros e os seus “heróis”. “Tenho tido um grande apoio e encorajamento da parte deles à medida que vou desenvolvendo os meus projetos. O meu pai introduz-me a novas tecnologias ou envia-me recursos se ler sobre algo novo. Às vezes simplifica os conceitos de tal forma que se torna fácil para mim entendê-los”, explicou à Rookie. E se o pai lhe alimenta a capacidade científica, a mãe ofereceu-lhe a sensibilidade social, ao mostrar-lhe “notícias diárias que têm impacto nas pessoas”, garante.
Quando foi questionada sobre as desigualdades salariais entre homens e mulheres, na conferência europeia “Makers”, Gitanjali foi clara, sensata, adulta: “É muito estranho para mim que duas pessoas façam o mesmo trabalho e uma seja paga menos 21 cêntimos por cada dólar que a outra faz. Parece-me injusto. (...) Acho que deves sentir que tens liberdade para falar com o teu empregador sobre o teu salário e o salário dos teus colegas - e como solucionar [o problema] se não forem iguais”. E mais do que se juntar às batalhas de hoje, é capaz de aplaudir as lutas que outros travaram antes dela: “Admiro todas as mulheres ativistas que fazem a diferença por outras mulheres, desde as sufragistas que nos ajudaram a conseguir o direito ao voto até às mulheres de agora que lutam por igualdade na ciência, uma causa que me é muito próxima”. Gitanjali ainda está na escola mas quer ingressar na universidade para estudar genética e… epidemiologia.
Em 2018 “não tinha a certeza” sobre qual seria o seu próximo projeto. Mas continuava a pensar em grande: “Possivelmente atacar o problema da depressão em adolescentes. Sonho com o dia em que a felicidade possa ser medida numa escala e diagnosticar a depressão seja apenas parte de uma consulta normal do médico. Tenho estado a investigar este tema nos últimos três anos mas ainda não lhe dediquei todo o meu tempo. Chamo a este projeto o meu ‘Detetor de Felicidade’.
Fonte, Expresso Diário de hoje
1 comentário:
Há meninas crianças que sabem pensar um mundo mais igual e solidário. Isso alimenta a nossa esperança...
Que tudo corra bem contigo e continua a cuidar-te bem. Tem coragem e paciência, amiga.
Uma boa semana.
Um beijo.
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