Camões, de Júlio Pomar
Quando não te vejo perco o sisoFormosura do Céu a nós descida, Que nenhum coração deixas isento, Satisfazendo a todo pensamento, Sem que sejas de algum bem entendida;
Qual língua pode haver tão atrevida, Que tenha de louvar-te atrevimento, Pois a parte melhor do entendimento, No menos que em ti há se vê perdida?
Se em teu valor contemplo a menor parte, Vendo que abre na terra um paraíso, Logo o engenho me falta, o espírito míngua.
Mas o que mais me impede inda louvar-te, É que quando te vejo perco a língua, E quando não te vejo perco o siso.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos" |
5 comentários:
Camões, nosso mestre linguístico! Tão mal festejado...
~
~ ~ Pelo que, constatamos que o amor apaixonado dos anos
de mil e quinhentos, era bem idêntico ao dos dias de hoje.
~ ~ ~ Bom fim de tarde, Anamar. ~ ~ ~
Majo,
viva.
O amor e a paixão, o 1º então, se verdadeiro, não engana.... :) :(
O amor mais contido, quem sabe, o ser um pinga amor, Camões, fez dele o poeta que fala por nós os menos dotados para poemar.
Tarde calma , mas com vento à beira-mar.
Assim é o "desnorte"
Abracinho.
Majo,
viva.
O amor e a paixão, o 1º então, se verdadeiro, não engana.... :) :(
O amor mais contido, quem sabe, o ser um pinga amor, Camões, fez dele o poeta que fala por nós os menos dotados para poemar.
Tarde calma , mas com vento à beira-mar.
Assim é o "desnorte"
Abracinho.
Justine,
Eles já não sabem comemorar nada.
É o desnorte.
Abracinho "from" Figueira. :)
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