A Torre até dera um Beato, Cyro de nome, mais tarde feito Santo pelas interceções com que protegem das pragas as laboriosas gentes da Ribeira Lima. Contava o caseiro que, daqueles limões - os célebres limões de São Cyro - só o sumo bastava para tirar o catarro e os nós da garganta. «Com açúcar e em água bem fervente produz rebuçado que, mergulhado em aguardente de medronho ou bagaceira fina, dá ainda mais oito dias de vida a um morto.» Limões cintilantes, de casca carcomida como a serra de Arga!
- Meus senhores , se quiserem levar limões de São Cyro para as constipações ou para chá, posso vender-lhes aos três de cada calibre. Eu dava-os, mas tem-se que tirar lucro, até mesmo da árvore do Santo. Pecado! O que vale é o Abade da Moutosa! Tem feudo de mil limões por ano para a ninhada da catequese.
Excerto de uma leitura que ando a fazer, A Torre da Barbela, de Ruben A.
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