quarta-feira, 3 de junho de 2009

Alexander Calder e as suas figuras suspensas










Alexander Calder, inventor do mobile(1898-1976) . Aqui , alguns trabalhos de uma mega exposição no Centro Pompidou, representativa dos anos que ele viveu em Paris. Uma exposição delirante!
O circo aqui representado corresponde a uma hora de filme em que Calder manipulaa figuras de circo feitas por ele quando criança e feito com desperdícios.
"Sempre apreciei velhos bocados de ferro..., fios em ferro, caixas de conserva, etc."
"
"Se não souberem como fazer as articulaçôes, inspirem-se na analogia com o corpo humano, se for possível.(...) Prestem atenção aos músculos de todas as partes do corpo. São elas que que dão às linhas principais as suas formas convexas"
"Sempre me fascinou a relação com o espaço.Adoro o espaço do circo.(...)
Todo esse vasto espaço me fascina."
A. Calder





Há dias felizes ,feitos por gente feliz! Com alma!



"Quero dormir, sonhar, acordar e desenhar como os meus filhos, desenhos de crianças, bons ou maus, mas de criança!"

Disse Pancho Guedes, e fê-lo!


Felizmente que há dias bons! Hoje, não peço o ombro de ninguém para chorar! Antes, pego na mão, na vossa, e, vou levar-vos a passear...
Então, o dia da criança continua… e a criança que há em vós tem que ir, tem que ir mesmo, visitar a Exposição de Pancho Guedes, arquitecto, pintor, escultor, descritivo da sua obra numa linguagem cristalina e pura como ali estivesse a conversar connosco… ou com crianças.
Não conhecia o Arq. PG até ao dia 18 de Maio, dia em que a RTP2 lhe dedicou um programa no âmbito já desta exp..
Bom, fiquei fascinada! E, pensei, “ah, se eu já tivesse ido a Maputo com o meu jovem filho, piloto da companhia ainda bem portuguesinha…, certamente conheceria PG…, pois iria até ao hotel Polana, e aí esbarraria logo na sua obra…”
Também descobri, sem saber que PG, já existia aqui por casa… como gráfico, designer e editor de um livro de grande sucesso e premiado, “Nós matámos o cão tinhoso” de Luís Bernardo Honwana que me ofereceram nos anos 80! Uma mais valia! E o livro é muito bom!
Garanto, que desta visita se sai extremamente feliz e com olhos de criança e brilho no olhar! Emoção parecida, só senti há um tempo quando no Centro Pompidou vi a bela exposição de Calder… não só pela montagem , mas pela obra lúdica e experimental.
Para um fim feliz, o que aconteceu de bom foi encontrar Amâncio Pancho Guedes na cafetaria do CCB, e fazê-lo levantar se, no alto dos seus sãos 82 anos para me cumprimentar, pois não resisti em agradecer e dar os parabéns pela beleza e diversidade da sua obra… è uma festa!
Ele nasceu em Portugal, mas cedo rumou para África, tendo ficado em Lourenço Marques. Saiu depois da independência triste com o percurso da revolução, estado de espírito patente nos seus quadros e exposição.
Vai até 24 de Agosto , na Fundação Berardo. Organizem-se!!!