segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Hoje, poesia

E. Ludwwing Kirschener ,1928


Conquista

Livre não sou ,
que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.


Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga


Os Bentos de Zédalmeida