
..De que falam, entre eles, os ‘dezedores’ de poesia?
Esta noite, no Auditório do Ramo Grande (Praia da Vitória), estiveram onze dezedores em palco.
Entre outras coisas, disseram-se frases como estas:«
A função do dezedor é revelar o poema» (José Fanha)
«A poesia é o cristal da literatura, o seu momento mais apurado» (Maria do Céu Guerra)
«Se há poemas que sei de cor, é porque os aprendi com o coração» (Rui Spranger)
«Quando era miúdo, tive dois amigos imaginários: um panda de peluche e o Alberto Caeiro» (Pedro Lamares
«Não devemos escancarar o poema, temos que respeitar as suas zonas de sombra» (Maria do Céu Guerra)
«Quando alguém diz um poema, está a dizer-se a si próprio» (José Fanha)
«Há poetas que dizem muito bem os seus poemas, como o David Mourão-Ferreira. E há os que dizem muito mal, como o Torga ou o Sebastião da Gama. Eu costumava dizer-lhe: “Ó Sebastião, não digas os teus poemas, que os estragas!”» (Maria Barroso)
«Nós é que precisamos da poesia, não é a poesia que precisa de nós» (Maria do Céu Guerra)
«A poesia é um xarope contra a tosse do dia-a-dia» (Álamo Oliveira)
«Gosto de me infiltrar no poema, como a sardanisca do O’Neill» (Maria do Céu Guerra)
«A mim, parece-me que só dizemos bem um poema se conseguirmos namorar o texto» (José Fanha)
«A poesia pode mudar a vida das pessoas, mas não se pode impingir. Não é uma missa, é um encontro.» (Maria do Céu Guerra)
(Surripiado com carinho Ao Bibliotecário de Babel...)