quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Almoço de 15 de Agosto... Todas as memórias possíveis, incluindo o filme de Gianni....




Inesquecível.... O filme, o ter conhecido Gianni no Estoril Festival Film há 4 anos, a precaridade para construir este filme...
As suas e as minhas memórias....

A sesta de cada um...



Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
Reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.”
(Poema: Drummond, PINTURA,  A Sesta (1890) de Van Gogh)

A Sesta , Janeiro de 1890. durante todo o tempo da sua reclusão no asilo de Saint-Paul.à falta de modelos e não podendo suportar a provação que para ele eram saídas do asilo, Vincent recorre a gravuras de mestres : é assim que copia Rembrandt, Delacroix,  Doré. Aqui foi uma gravura de Lavielle de As Quatro horas da Tarde, de Millet, que utilizou

In, Van Gogh, a luz e a cor. de Pascal Bonafoux