domingo, 12 de julho de 2015

Reler Jorge de Sena, afinal estamos no verão...

 "Sinais de fogo, os homens se despedem, exaustos e tranquilos, destas cinzas frias. (...) um breve instante, gestos e palavras, ansiosas brasas que se apagam logo".
Não é verdade, não se apagam. Mesmo quando tudo acaba e Mercedes parte para o Porto - e Jorge se interroga, e nós com ele ainda hoje: "Sabes... a gente conheceu-se cedo de mais, ou tarde de mais" -, são "as ansiosas brasas" da poesia que ecoam. Em verso: "Oh meu amor, de ti, por ti, e para ti,/ recebo gratamente como se recebe/ não a morte ou a vida, mas a descoberta/ de nada haver onde um de nós não esteja."

Excertos de Sinais de Fogo de Jorge de Sena

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Pintura de Modigliani, que hoje faria anos.

The show must go on...


Bom fim de semana... No campo ou no mar.

Coucher De Soleil, Felix Vallotton, 1890

Entre o mar e o mar, escolho sempre o mar.
Entre o teu olhar e o mar, escolho sempre o mar.
Entre a verdade e a mentira, escolho sempre o mar.
Entre o teu beijo e o mar, escolho sempre o mar.
Entre o teu corpo e o mar, escolho sempre o mar.
O mar existe, mas tu não.