quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Despedidas de verão e pinceladas caseiras do outono que está aí....





Da praia da Azarujinha para a minha casa...


Entre o prazer do entardecer ensolarado e o recanto das minhas mil e uma noites...


Momentos de ouro...


Quem assim vê a vida, em perfeito movimento, poderá sentir-se infeliz? Há quem me diga que sim...

(as minhas fotos, ontem)
Ontem, falei de "fadas" à querida Mafaldinha... mas, ao continuar a leitura com que Antero nos quis surpreender , cheguei a duas estrofes que cairam na calha para as fadas más que por aí pululam e quase nos cobrem de "mau olhado", como diria a minha avó, de raíz popular..."a menina está a chorar... é mau olhado... há que tirar o quebranto"... e, o ritual acontecia. Água, azeite e oração.
E quando a sua netinha se calava depois da dita reza e benzidela, dizia: "Ela é tão linda, que quem a olha lhe quer mal..." . Assim era a avó Maria Boaventura.

Mas, com tudo isto, as fadas
São muito desconfiadas:
...

Quem as ofende... cautela!
A mais risonha, a mais bela,
Torna-se logo tão má,
Tão cruel , tão vingativa!
É inimiga agressiva,
É serpente que ali está!

E tem vinganças terríveis!
Semeiam coisas horríveis,
Que nascem logo do chão...
Línguas de fogo, que estalam!
Sapos com asas, que falam!
Um anão preto! um dragão!

Excerto de poema de Antero de Quental, As Fadas