Mostrar mensagens com a etiqueta poesia e pintura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta poesia e pintura. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Amigos...

A grande família, de René Magritte


Cada dia que passa me sinto mais presa aos AMIGOS presentes. E são uma quantidade generosa...
Lembro os que passaram e não ficaram. Amizade, nem todos a sabem trabalhar como filigrana que o é. Mas fica o sabor dos momentos vividos como tal.

A paixão morre. O amor prolonga-se no tempo. A amizade pura fica.
E quem melhor do que eu poderá falar de AMIGOS S ? Só Vinicius, aqui


terça-feira, 28 de junho de 2011

Hoje, falou-se de poesia... ela anda sempre por aí

"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:

vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,

ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,

vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;

mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;

mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;

mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."

Poema de João Cabral de Melo e Neto
Pintura de Menez, 1987

quarta-feira, 25 de maio de 2011

... ainda em Maio que está a findar, a poesia


Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.

Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

Pintura de Berg Van Denfreek, Afternoon drink in the garden

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pintura de Mário Cesariny

exercício espiritual

É preciso dizer rosa em vez de dizer ideia
é preciso dizer azul em vez de dizer pantera
é preciso dizer febre em vez de dizer inocência
é preciso dizer o mundo em vez de dizer um homem


É preciso dizer candelabro em vez de dizer arcano
é preciso dizer Para sempre em vez de dizer Agora
é preciso dizer O Dia em vez de dizer Um Ano
é preciso dizer Maria em vez de dizer aurora


Poema de Mário Cesariny, in Manual de Prestidigitação

domingo, 3 de janeiro de 2010

Dia sombrio e de inverno

Dia Sombrio, de Pieter Bruegel
Um pálido inverno escorria nos quartos
Brancos de silêncio como a névoa
Um frio azul brilhava no vidro das janelas
As coisas povoavam os meus dias
Secretas graves nomeadas

Um pálido inverno, de Sophia M. Breyner