sábado, 7 de julho de 2012

Figueirenses na pintura (4)


                                                 António Viana, dois inéditos de 2012


António Viana (aqui),  pelo muito que dele conheço, sempre viveu a ambiguidade da sua naturalidade... Da Figueira ou de Coimbra?
Bom, nem sempre a naturalidade oficial, a do BI, corresponde ao lugar onde se viveu uma parte da vida . Em situações mais complicadas as mães iam ter os seus filhos a Coimbra. Assim aconteceu com o António. Mas, logo que a senhora sua mãe  teve alta, regressou a sua casa, na Figueira da Foz, com o seu rebento que bem cedo começou a mostrar os dotes de um artista de características compulsivas no ato de desenhar, pintar, sistemático, perfecionista, e, sobretudo, com o tempo, muito lúdico.
Fez a sua primeira exposição aos 18 anos, no Casino , integrado numa coletiva de jovens pintores figueirenses.
Partiu cedo para Lisboa onde as portas da arte se abriam de uma forma diferente. Tinha que ser assim se se queria vencer no mundo da arte. E, fez-se grande.
Sumidade em conceções museulógicas, no país e fora dele, acontecem as mais belas exposições da sua autoria técnica e não só.
Ficará na história da arte contemporânea e na minha estória de vida pelo filho que tivemos em conjunto. O nosso "pequeno" António Viana.
Mas,  melhor do que eu, que tão pequenina sou para avaliar talentos , eis algo que o seu grande amigo Fernando Azevedo escreveu, aquando da mega exposição retrospetiva, no CAE da Figueira da Foz, em 2008.


"Fica-lhes, a essas formas, o possível grito - mordazmente dado - ,
a eterna procura da liberdade de existir. A utopia, enfim.
*De momento há uma exposição da sua autoria, no Pátio da Galé, Terreiro do Paço, O Fado no Cinema.