quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Leituras breves mas atuais...

 De um tempo sem memória porque sem futuro, sepultos todos sob um sol de morte fabricado por nossas mãos, apraz pensar que uma pintura como a de Cruz Filipe é um dos seus últimos memoriais fascinantes. E não estranhará supor que esta insólita construção do imemorial seja um dia a memória adequada a este nosso tempo sem ela.
Eduardo Lourenço
in «Cruz Filipe ou o Tempo Imaginário», Colóquio Artes, nº25, 1975
Pinturas de Cruz Filipe de 1980 e 2011

Texto apresentado no catálogo de AZARES DA EXPRESSÃO OU TEATRALIDADE NA PINTURA PORTUGUESA
ALGUMAS OBRAS DO CAM 1987