quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vidas...





" A SOCIEDADE EXIGE MAIS CORAGEM DE QUEM É JOVEM", Caetano Veloso fala sobre envelhecimento e a morte, na revista BRAVO!, brasileira, e , que de quando em quando, me cai no sapatinho... Quando nos aproximamos dos 60, podemos começar a repartir os mesmos sentimentos .
Desvantagens de chegar aos 68?
Todas. (risos) Começamos a perder o foco da visão. Quando nos ferimos, o machucado demora muito mais para cicatrizar. Nos cansamos rapidamente. Temos menos resistência...
Não há vantagem nenhuma?
Sim, há. Nosso trabalho fica mais conhecido. É uma vantagem um pouco superficial, admito, algo que alimenta a vaidade. Mas há outras menos egocêntricas: você aprende a lidar melhor com o tempo, por exemplo. Quando jovens, somos muito mais agoniados, achamos que não vai dar tempo de fazer nada, tanto a curto quanto a médio ou longo prazo. No entanto, quando se começa
a ficar maduro, a gente percebe que dispunha - e dispõe - de mais tempo do que imaginava. O outro ponto positivo é que, com os anos, já não temos tanto problema com as opiniões a nosso respeito.
MAIS VELHO, VOCÊ DIZ" DANE-SE" PARA AS CRÍTICAS. O POETA FERREIRA GULLAR, POR EXEMPLO, NÃO ESTÁ LIGANDO SE ALGUÉM DIZ "PUXA, ESSE CARA ERA DE ESQUERDA".
Aideia de morte já não o perturba?
Em garoto eu tinha muito medo da morte... Era um pânico permanente de que pudesse ser destruído. Quando somos novos, é quase inacreditável que vamos morrer. Na velhice, temos a noção de que é assim mesmo. A gente pensa: "Se a morte não chegou ainda, o negócio é aproveitar o momento que se está vivendo".
E eu remato, carpe diem...

*Fonte, revista BRAVO! de fevereiro de 2011








Gosto muito de te ver, leãozinho...