domingo, 30 de outubro de 2011
De ontem para hoje, à mesma hora, eis a mudança...
"Se eu fosse pintor passava a minha vida a pintar o pôr do sol à beira-mar. Fazia cem telas, todas variadas, com tintas novas e imprevistas. É um espectáculo
extraordinário.
Há-os em farfalhos, com largas pinceladas verdes, com o crescente fino da lua no alto e do lado oposto a montanha enegrecida e compacta."
sábado, 29 de outubro de 2011
Bom fim de semana
Vai acontecer...
O 13º romance de DeLillo, Cosmópolis (editado pela Relógio d`Água)é adaptado ao cinema por Cronenberg. Conta a vida de Eric Packer, um multimilionário de 28 anos que atravessa Manhattan para cortar o cabelo e acabapor gastar a sua fortuna, tem Giamatti e Mathieu Almeric no elenco.
Hoje, no Expresso Clara Ferreira Alves entrevista DeLillo.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
As más notícias chegam rápido....
Simpaticamente , recebi a carta da EDP a informar do aumento da luz nos seus 23%, a partir de novembro. Mais 7 euros.... A juntar aos outros cinco aqui e sete acolá que estão a chegar às nossas despesas mensais ... já sei aonde vamos parar...
E eu que detesto a escuridão caseira, que gosto dos meus cantinhos de luz, mesmo com as "ditas" de poupança...
ECONOMIA
Logo que na ordem económica não haja um balanço exacto de forças, de produção, de salárioss, de trabalhos, de benefícios, de impostos, haverá uma aristocracia financeira, que cresce, reluz, engorda, incha, e ao mesmo tempo uma democracia de produtores que emagrece, definha e dissipa-se nos proletariados.
In , Prosas Bárbaras
Eça de Queirós
Pintura de Jean Metzinger, Hora do chá,1911
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Mudanças outonais...
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Acordai.... para que não entre nas trevas do esquecimento...
Cuido não andar longe da verdade se afirmar que a minha Aventura Poética começou aí por volta de 1908, tinha eu os meus oito anos, no dia em que reparei (ou procedi como se reparasse) na existência das palavras, extraídas da vaza da algaraviada comum por homens estranhos, incumbidos da missão especial de dizerem o que mais ninguém ousava. (E o quê, afinal? Sei-o hoje por mal dos meus pecados. Lixo secreto, mutilação de sombras, punhais de que só resta o frio, galanteios de sonhos parvos, sexos desenhados na Lua, tentativas vãs de ressuscitar a Criança morta, o ilógico do outro lado da realidade, sóis ocos, fogueiras a arder por dentro das unhas, gritos iniciais, pavor da morte nua, paisagens e punhos cerrados contra ídolos de pó, desejo de embalar o planeta nos braços, regresso às origens, catarse…). No fim de contas, as palavras não serviam apenas para meter na ordem gaiatos descompostos, insultar as vizinhas linguareiras da cave ou adormecer com canções o ranho dos miúdos. Dispostas de certa maneira adquiriram outro significado, exprimiam sentimentos e valores que os homens só daquela forma se atreviam a desabafar em voz alta com cerimonial de ritmos pautados.
…..
Assim começa A Memória das Palavras I ou o gosto de falar de mim
De José Gomes Ferreira
Livro dedicado á sua companheira Rosália.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
" Quintas no Monte"... Estoril
Somos um grupo de amigos, que desde há um ano, mais ao menos, se reúne na forma de tertúlia. Amigos que outros amigos trazem.
"Às quintas no Monte", assim se chama este encontro dinamizado pela nossa querida e irrequieta Virita . Há sempre um convidado que fala de um tema da sua especialidade. São sempre momentos de aprendizagem, troca de ideias e boa disposição. A convivialidade reina.
Hoje, o nosso convidado é o bom amigo Sérgio Ribeiro que nos vem trazer as palavras do poeta José Gomes Ferreira. Poderia falar de economia, sua formação académica, mas, os seus saberes são múltiplos e infinitos mas foi do poeta, um dos seus de eleição, que Sérgio escolheu para falar.
Assim será...
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Continuando...
Outubro do nosso contentamento...
Café, de Leonard T. Foujita, 1918
Hoje penso-te na distância que escolheste para festejar os teus 33 anos...
Meu filho António, no dia em que nasceste, o teu pai comprou vários jornais do dia para que mais tarde se recordassem as efemérides do dia 18 /10/78 . Anos a fio aconteceu. Se comprasse alguma imprensa do dia de hoje, seria uma ofensa para ti que recusas a leitura manipuladora dos jornais. Nada de bom terias para ler...
Contudo procurei algo de belo que tenha acontecido a 18 de Outubro de 1978. A gravação do video que te deixo. Poderia ser melhor? :
Dia feliz e beberei à tua saúde, mas não sozinha, claro...
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Indignação...
Recomendo....
Uma ida para os lados do Oeste, entre Coimbra e Figueira da Foz, Tentúgal e deixar-se tentar pelas belas iguarias e especialidades deste restaurante com história, "O Arménio".
A rematar, as inconfundíveis queijadas e os pastéis de receita conventual.
Aproveitar enquanto o final da conta não vier acompanhado dos 23% de IVA
domingo, 16 de outubro de 2011
Serenos, mas pouco...
"Outro 25 de Abril? Se assim for, eu levo os cravos", disse a Zé quando me mandou este EMAIL
«Serenidade não é indiferença»
Assim o disse Eça de Queirós.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Momentos que nâo de ouro...
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Que calor...
Tabuada de multiplcar
Bem bom é ter juízo
Melhor ainda juizinho
Se soltas do pescoço o guizo
Podes ir por mau caminho.
Olha que sensato é o pato
e que rato não caça gato
Nem mulher usa calças
Ehomensnãopõemvestidodealças.
Se fores casto e mui cauto
E esperas sempre a tua vez
Não voarás talvez mui alto
Mas serás um bom portugês.
Pois pensar em vez de fazer
(jáládiziaopresidentedajunta)
É como jejuar em vez de comer
Dá saúde e faz crescer
(a quem? Boa pergunta)
De Rui Zink, in Revista Egoísta de Outubro
Bem bom é ter juízo
Melhor ainda juizinho
Se soltas do pescoço o guizo
Podes ir por mau caminho.
Olha que sensato é o pato
e que rato não caça gato
Nem mulher usa calças
Ehomensnãopõemvestidodealças.
Se fores casto e mui cauto
E esperas sempre a tua vez
Não voarás talvez mui alto
Mas serás um bom portugês.
Pois pensar em vez de fazer
(jáládiziaopresidentedajunta)
É como jejuar em vez de comer
Dá saúde e faz crescer
(a quem? Boa pergunta)
De Rui Zink, in Revista Egoísta de Outubro
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
SE ...
Katherine Hepburn, 1935, de Cecil Beaton
Se
Se consegues manter a calma
quando à tua volta todos a perdem
e te culpam por isso.
Se consegues ter confiança em ti
quando todos duvidam de ti
e aceitas as suas dúvidas
Se consegues esperar sem te cansares por esperar
ou caluniado não responderes com calúnias
ou odiado não dares espaço ao ódio
sem porém te fazeres demasiado bom
ou falares cheio de conhecimentos
Se consegues sonhar
sem fazeres dos sonhos teus mestres
Se consegues pensar
sem fazeres dos pensamentos teus objectivos
Se consegues encontrar-te com o Triunfo e a Derrota
e tratares esses dois impostores do mesmo modo
Se consegues suportar
a escuta das verdades que dizes
distorcidas pelos que te querem ver
cair em armadilhas
ou encarar tudo aquilo pelo qual lutaste na vida
ficar destruído
e reconstruíres tudo de novo
com instrumentos gastos pelo tempo
Se consegues num único passo
arriscar tudo o que conquistaste
num lançamento de cara ou coroa,
perderes e recomeçares de novo
sem nunca suspirares palavras da tua perda.
Se consegues constringir o teu coração,
nervos e força
para te servirem na tua vez
já depois de não existirem,
e aguentares
quando já nada tens em ti
a não ser a vontade que te diz:
"Aguenta-te!"
Se consegues falar para multidões
e permaneceres com as tuas virtudes
ou andares entre reis e pobres
e agires naturalmente
Se nem inimigos
ou amigos queridos
te conseguirem ofender
Se todas as pessoas contam contigo
mas nenhuma demasiado
Se consegues preencher cada minuto
dando valor
a todos os segundos que passam
Tua é a Terra
e tudo o que nela existe
e mais ainda,
tu serás um Homem, meu filho
"If" de Rudyard Kipling
Se consegues manter a calma
quando à tua volta todos a perdem
e te culpam por isso.
Se consegues ter confiança em ti
quando todos duvidam de ti
e aceitas as suas dúvidas
Se consegues esperar sem te cansares por esperar
ou caluniado não responderes com calúnias
ou odiado não dares espaço ao ódio
sem porém te fazeres demasiado bom
ou falares cheio de conhecimentos
Se consegues sonhar
sem fazeres dos sonhos teus mestres
Se consegues pensar
sem fazeres dos pensamentos teus objectivos
Se consegues encontrar-te com o Triunfo e a Derrota
e tratares esses dois impostores do mesmo modo
Se consegues suportar
a escuta das verdades que dizes
distorcidas pelos que te querem ver
cair em armadilhas
ou encarar tudo aquilo pelo qual lutaste na vida
ficar destruído
e reconstruíres tudo de novo
com instrumentos gastos pelo tempo
Se consegues num único passo
arriscar tudo o que conquistaste
num lançamento de cara ou coroa,
perderes e recomeçares de novo
sem nunca suspirares palavras da tua perda.
Se consegues constringir o teu coração,
nervos e força
para te servirem na tua vez
já depois de não existirem,
e aguentares
quando já nada tens em ti
a não ser a vontade que te diz:
"Aguenta-te!"
Se consegues falar para multidões
e permaneceres com as tuas virtudes
ou andares entre reis e pobres
e agires naturalmente
Se nem inimigos
ou amigos queridos
te conseguirem ofender
Se todas as pessoas contam contigo
mas nenhuma demasiado
Se consegues preencher cada minuto
dando valor
a todos os segundos que passam
Tua é a Terra
e tudo o que nela existe
e mais ainda,
tu serás um Homem, meu filho
"If" de Rudyard Kipling
Por tudo o que já hoje vi, li e ouvi... veio-me à memória esta "homilía" de outros tempos mas eterna do "ser".
Neste Dia Mundial da Saúde Mental...
Escolhi a terminologia "borderline".... palavra muito em voga nos debates televisivos e também usada maldosamente e por insegurança pessoal como forma de ataque a outrém por algumas pessoas.. Que se cuide a ignorância e neste dia se aprenda e respeite o que AQUI se pode ler.
domingo, 9 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Da Suécia a Lisboa, o nobel da poesia
Lisboa
No bairro de Alfama
os elétricos amarelos
cantavam nas calçadas
íngremes.
Havia lá duas cadeias.
Uma era para ladrões.
Acenavam através das grades.
Gritavam que lhes tirasse
o retrato.
"Mas aqui", disse o condutor
e riu à socapa como
se cortado ao meio,
"aqui estão políticos".
Vi a fachada, a fachada,
a fachada e lá no cimo
um homem à janela,
tinha uns óculos e olhava
para o mar.
Roupa branca no azul.
Os muros quentes.
As moscas liam cartas
microcópicas.
Seis anos mais tarde perguntei
a uma senhora
de Lisboa:
"será verdade ou só um sonho meu"?
TOMAS TRANSTROMER
tradução de Vasco Graça Moura
Desculpem a repetição... mas este ainda é mais completo. As cores deve ser um espanto...
Chaplin, dizia que Georges era "um alquimista da luz".... VER AQUI
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
"Os crescidos são assim... »
« Desenho de Júlia Costa, 13 anos, de Viseu
Ficara surpreendido a saber uma segunda coisa importante: que o seu planeta não era muito maior que uma casa.
Tal, não me surpreendia. Já sabia que, para além dos grandes planetas como a Terra, Júpiter, Marte ou Vénus, aqueles a que tínhamos atribuído nomes, há centenas de outros, por vezes tão pequenos que até com um telescópio são difíceis de ver. Quando um astrónomo descobre um desses planetas, o nome que lhe atribui geralmente é um número. Chama-lhe, por exemplo, «asteróide 325». Tenho fortes razões para acreditar que o planeta de onde o principezinho tinha vindo era o asteróide B612. Este asteróide apenas foi avistado uma única vez ao telescópio, em 1909, por um astrónomo turco.
Por ocasião da descoberta, o cientista fez uma grande demonstração num congresso internacional de Astronomia. Mas, devido à forma como estava vestido, ninguém o levou a sério. Os crescidos são assim.»
Excerto do Grande Livro Integral O Principezinho
Hoje, este post, é da amiga Júlia Costa... Saudades. :))
Ficara surpreendido a saber uma segunda coisa importante: que o seu planeta não era muito maior que uma casa.
Tal, não me surpreendia. Já sabia que, para além dos grandes planetas como a Terra, Júpiter, Marte ou Vénus, aqueles a que tínhamos atribuído nomes, há centenas de outros, por vezes tão pequenos que até com um telescópio são difíceis de ver. Quando um astrónomo descobre um desses planetas, o nome que lhe atribui geralmente é um número. Chama-lhe, por exemplo, «asteróide 325». Tenho fortes razões para acreditar que o planeta de onde o principezinho tinha vindo era o asteróide B612. Este asteróide apenas foi avistado uma única vez ao telescópio, em 1909, por um astrónomo turco.
Por ocasião da descoberta, o cientista fez uma grande demonstração num congresso internacional de Astronomia. Mas, devido à forma como estava vestido, ninguém o levou a sério. Os crescidos são assim.»
Excerto do Grande Livro Integral O Principezinho
Hoje, este post, é da amiga Júlia Costa... Saudades. :))
Le voyage dans la lune (version restaurée) - Georges Méliès : extrait n°2
Assim começa , hoje, a Festa do Cinema Francês, no cinema S. Jorge.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
A não perder ... Eu gosto...
terça-feira, 4 de outubro de 2011
"Outubro " ... do nosso (des)contentamento...
Eternity kiss, de Fritz henle
«Foi o melhor fim-de-semana desde sempre. Sábado e domingo, os dois primeiros dias de Outubro. ....
...
Hoje, se calhar , ainda continua o calor dos trinta graus. Talvez amanhã e tudo. Mas já é Outono avançado e, por muito bom que esteja, é certo que só pode acabar mal.
Assim é com o grande amor. Nunca pode acabar bem. Mesmo que ambos morram ao mesmo tempo, num desastre, será sempre uma tragédia. Assim é com todos os amores que temos: morremos enquanto amamos. Morre quem amamos e, ao mesmo tempo, quem nos amava.
A noção que se tem de tudo ser temporário é sempre fraquinha, acabamos sempre por ser surpreendidos, apanhados.
....
Mas, no fundo de fadas do nosso coração, durante o calor e o vento de sul, espeamos que este Outubro seja diferente, um mês de praia , para nos pagar os dias de praia que perdemos. Pensar no fim do amor é uma dor escusada. É perder tempo. Quando acaba, precisamos de toda a dor que tivermos.»
Excerto de artigo de MEC, Público de hoje.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Fotógrafos do séc. XXI
(clicando aumenta) Fotografia de João Viana
Alerta vermelho em Pombal dá uma fumaça no céu da Figueira da Foz e o laranja reina no mar de prata. Assim foi ontem...
Coisas do fogo.
ERA UMA VEZ disse...
Quando o mar fica da cor da terra
alguma coisa de estranho se passa
Parecem árvores os barcos
e um muro de quinta ao longe
insólita viagem na paisagem
(dá que pensar)
como se o contrário fosse viável
como se a miragem
fosse inevitável
Só o fogo assim devassa
Só o fogo...
Anamar
A poetisa visitante deste Mar, " Era uma vez..." ,fica no lugar que merece depois da sua passagem, no quarto de hóspedes. :))
domingo, 2 de outubro de 2011
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