domingo, 18 de novembro de 2018
domingo, 11 de novembro de 2018
11 de Novembro , aqui, em modo de poesia
A Guerra
E tropeçavam todos nalgum vulto,
quantos iam, febris, para morrer:
era o passado, o seu passado — um vulto
de esfinge ou de mulher.
Caíam como heróis os que não o eram,
pesados de infortúnio e solidão.
(Arma secreta em cada coração:
a tortura de tudo o que perderam.)
Inimigos não tinham a não ser
aquela nostalgia que era deles.
Mas lutavam!, sonâmbulos, imbeles,
só na esp'rança de ver, de ver e ter
de novo aquele vulto
— imponderável e oculto —
de esfinge, ou de mulher. David Mourão-Ferreira, in "Tempestade de Verão"
quantos iam, febris, para morrer:
era o passado, o seu passado — um vulto
de esfinge ou de mulher.
Caíam como heróis os que não o eram,
pesados de infortúnio e solidão.
(Arma secreta em cada coração:
a tortura de tudo o que perderam.)
Inimigos não tinham a não ser
aquela nostalgia que era deles.
Mas lutavam!, sonâmbulos, imbeles,
só na esp'rança de ver, de ver e ter
de novo aquele vulto
— imponderável e oculto —
de esfinge, ou de mulher. David Mourão-Ferreira, in "Tempestade de Verão"
sábado, 10 de novembro de 2018
Dos figos à Figueira...
Tendo vivido rodeada de figueiras , em criança, Figueira da Foz , onde dizem que os barcos desciam à foz para apanhar figos, ou seria talvez só uma imensa figueira .... Daí o nome da cidade.
Passei só a olhar os figos no mercado ou frutaria. Mas hoje comi um figo desta figueira que vos deixo, um de muitos que irão nascer.
Nunca tinha visto tanta nudez carregada de figos. Aconteceu em Colares.
Coisas do outro mundo ...
Tinha até há bem poucos anos o hábito de escrever em sebentas ou folhas correntes, ideias ou pensamentos , aforismos que se encaixassem à vida.
Esta semana, em desbaste de papéis, encontrei este e guardei a pensar no seu uso.
Acho que o que por aí se ouviu ontem merece o achado.
(politiquices ou a arte de tramar...)
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Boa semana a quem passa, "Lyrics of November "
Toca no sexto direito. Estou sempre por aqui.
Ou senão não venhas hoje.
Faz como te apetecer.
João Luís Barreto Guimarães. Poema
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