domingo, 20 de outubro de 2019

Um cheirinho a Oliver Sacks ....

Mulher Sentada, Picasso
Depois de você ter esgotado o que há nos negócios, na política, no convívio, no amor e assim por diante – descobrimos que nenhum deles finalmente nos satisfaz tanto e nos usa permanentemente – o que resta? A natureza. Ela permanece para trazer para fora de seus recessos entorpecidos, as afinidades de um homem ou mulher com o ar livre, as árvores, os campos, as mudanças das estações – o sol de dia e as estrelas do céu à noite ”.

Oliver Sacks

Every Thing in your Palace, Oliver Sacks

sábado, 19 de outubro de 2019

“Não há tempo para o que não é essencial.”

O ensaio a seguir, traduzido de The New York Times, é um excerto do livro “Everything in Its Place”, uma coleção póstuma de escritos do falecido neurologista e escritor Oliver Sacks.
Como escritor, considero os jardins essenciais para o processo criativo; Como médico, levo meus pacientes a jardins sempre que possível. Todos nós tivemos a experiência de vagar por um exuberante jardim ou por um deserto atemporal, andando junto a um rio ou oceano, ou escalando uma montanha e nos sentindo simultaneamente calmos e revigorados, engajados na mente, refrescados em corpo e espírito. A importância desses estados fisiológicos na saúde individual e comunitária é fundamental e abrangente. Em 40 anos de prática médica, descobri que apenas dois tipos de “terapia” não farmacêuticas são de vital importância para pacientes com doenças neurológicas crónicas: a música e os jardins.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

"Mulherzinhas" do séc. XIX e Mulheres do séc. XX


Mulherzinhas representa “uma nova forma de olhar as mulheres e as possibilidades que se abrem para as elas na segunda metade do século XIX” nos EUA, diz ao Observador a escritora Ana Luísa Amaral.

(via Observador)

Séc. XXI, António Costa, põe em prática no seu novo governo, pela quantidade e qualidade o número de mulheres desejado e prometido.

Um dia , ainda se irá mais longe no mundo em que vivemos. Se as mulheres vingam nas universidades, no mundo do trabalhado e da liderança ,da investigação, o mundo será delas,  desde que não se queiram parecer com os homens. 

O mundo será mais equilibrado e sensível.  Por hoje, o meu  mundo é Portigal.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Crónicas sem género, apesar de escritas para mulheres tristes ...

   A única noite, disse alguém, é a da insónia, a noite passada em branco. Não se guarda memória das noites dormidas. Assim é o amor: o mais inolvidável é o que nunca foi.
   Como para a insónia, também para o esquecimento existem xaropes e mezinhas . Mas são ambos remédios sem discernimento. Uns far-te-ão dormir tanto (sem sonhos e sem sono), que será como morrer. Com os outros não esquecerás tudo, quer tenha sido excelente ou desagradável.
   Não te revelo, pois, as minhas beberagens para o sono e para o esquecimento. Possuem o mesmo efeito da cicuta.

Autor, Héctor Abad Facioooolince
Planta da cicuta

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Costumes saudáveis....

 

   É saudável costume deitares a língua de fora à tua imagem no espelho. Por um lado, é preciso rirmos diariamente um bocado de nós mesmos; e, além disso, aproveitas para dar uma vista de olhos à cor e consistência da língua. A língua é grande depositária de segredos, como órgão interno que temos cá fora. Como hás-de ler os sinais da língua? Ah, é um alfabeto obscuro, embora cada língua tenha o seu.  Conheceres-te a ti mesma não é mais não é mais que conheceres a tua língua: olha para ela, indaga nos seus montículos e seios, pensa no que farás neste dia de hoje com ela. Não sejas linguareira. Antes do mexerico, da mentira, da traição, morde-a três vezes :depois, se quiseres, podes soltá-la.


Do livro, Receitas de Amor para Mulheres Tristes, de Héctor Abad Faciolince

sábado, 5 de outubro de 2019

5 de Outubro de 1910 e a sua 1ª bandeira



Esta foi a bandeira içada no dia 5 de Outubro de 1910 na Câmara Municipal de Lisboa. E foi bordada pelas médicas Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo IMAGENS DO LIVRO “HERÓIS DO MAR - HISTÓRIA DOS SÍMBOLOS NACIONAIS”

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Gulbenkian e Sarah Affonso



"Esta exposição explora a relação entre a obra de Sarah Affonso e a arte popular do Minho. Muitas vezes recordada como a mulher de Almada Negreiros, pretende-se aqui evocar Sarah Affonso como uma artista modernista reconhecida com um percurso próprio, de notável qualidade."


Ao lado de um grande homem também está uma imensa mulher ...
Muitas vezes , Sarah recuava . Almada adorava "ser visto". 
Mas não podemos levar a mal . Era assim o tempo deles.
Mas será que ainda hoje no mundo artístico acontece este paradigma ?
Claro que sim.

Coisas do Outono que hoje começa

                                           Pintura de David Hockney


A palavra queda vem da palavra em inglês antigo feallan, que significa “ cair ou morrer”. Com o tempo, a frase foi reduzida para cair ... O uso da palavra queda caiu em desuso na Inglaterra. Hoje, o inglês americano usa a palavra queda , enquanto o inglês britânico usa o outono quase exclusivamente.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Divulgação com história , Caldas da Amieira










TERMAS DA AMIEIRA
As Termas da Amieira, apesar de situadas na freguesia de Samuel, concelho de Soure, tiveram sempre uma ligação mais próxima com a cidade de Figueira da Foz, como se verifica no seguinte texto publicitário antigo:
“As Caldas D’Amieira são uma formosa estação que fica a meia hora de comboio da praia da Figueira da Foz e são servidas pela linha do Oeste. Ali param todos os comboios daquela linha desde 15 de junho a 31 de outubro. Durante a época dos banhos há comboios que partem e regressam à estação desta cidade, pela manhã, e que permitem ao banhista a demora nas termas de uma ou duas horas”.
As Caldas da Amieira possuíam um pequeno apeadeiro, na linha do Oeste, a 1 Km da estação da Amieira.
O troço entre Leiria e Figueira da Foz, no qual este apeadeiro se insere, foi aberto a 17 de Julho de 1888 pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.
Em 15 de Maio de 1902, vários comboios paravam no apeadeiro de Banhos d'Amieira, apenas para serviços de passageiros. Nos horários de Junho de 1913, surge com a categoria de estação.
Em 1934, esta interface inseria-se numa tarifa especial da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para estações e apeadeiros que serviam estâncias balneares e termais.
As Termas da Amieira tinham 3 nascentes com um caudal diário de 3.891.888 litros. As águas eram utilizadas no estabelecimento balnear e, após o seu engarrafamento, eram vendidas em todo o país e em África.
Estas águas foram as primeiras no nosso país a ser classificadas como cloretadas. Mereceram prémios em todas as exposições a que concorreram.
A sua radioatividade foi estudada por Constanzo em 1909 e, em 1911, foram analisadas por Lepierre, que lhe atribuiu uma mineralização total de 1002,2 mg/l, com forte presença de cloro e sódio.
Apresentavam na origem 27º de temperatura. Eram posteriormente aquecidas por uma máquina a vapor, a fim de poderem ser usadas nos banhos medicinais.
Na 1ª e 2ª década do séc. XX as Termas da Amieira eram das mais frequentadas do país, com uma média de 1200 a 1300 aquistas por ano (Sarzedas,1907).
Na 3ª e 4ª década do séc. XX a sua frequência reduz-se sistematicamente. O hotel anexo deixa de funcionar e os aquistas hospedam-se na Figueira da Foz. Em 1946 teve 338 inscrições das quais 76 foram gratuitas.
Na década de 60 a decadência das termas era notória e no anuário de 1963 o balneário é classificado “como modesto, do tipo rural”, referindo-se que “a região está presentemente isenta de mosquitos devido à ação das brigadas antissezonáticas de Montemor-o-Velho”.
A empresa exploradora das águas adquiriu uma grande parte dos terrenos palúdicos da região, arborizou-os e cultivou-os de modo a reduzir os insetos, mas considerava que esta arborização deveria ser acompanhada com legislação, “proibindo em absoluto a cultura do arroz numa determinada área daquela região…”.
A razão principal da decadência das Termas é atribuída à cultura do arroz e à abundância de mosquitos, mas a decadência balnear da Figueira da Foz e o surgimento de outras Termas com melhores condições foram decisivas.
As Caldas da Amieira eram propriedade da Companhia das Águas Termais da Amieira, cujo 1º Alvará de Concessão é de 20 de abril de 1893 (publicado no DG, nº 115, de 23-5-1893). Em 1910 ocorre a 1ª transmissão do Alvará (DG, nº 39, de 19-11-1910) e são realizadas obras de renovação. Em 1931 ocorre a 2ª transmissão de alvará (DG, nº 194, 2ª série, de 22-08-1931).
As Termas tinham dois Balneários, um Hotel, uma casa de máquinas, uma cuvete (zona onde se ingere a água), uma capela e bonitos jardins.
Um dos balneários, o de 1ª classe, mais recente, construído em 1910, possuía salas de inalações e pulverizações, duches de agulheta, circulares, vaginais e perineais, banhos de imersão em 27 gabinetes espaçosos com banheiras de ferro esmaltado e uma cabine para irrigações vaginais.
O segundo balneário, de 2ª e 3ª Classe, o mais antigo, construído em 1885, tinha 18 banheiras em calcário e cimento, sala de duche escocês e circular.
Tudo está atualmente em ruínas, pertença da Câmara Municipal de Soure.
A capela, o hotel e o parque formam um romântico conjunto de ruínas, classificado de Interesse Municipal desde 1994.
Valha-nos a construção recente, em 2015, do Palace Hotel & Spa - Termas do Bicanho, bem perto das ruínas das Caldas da Amieira. Tem SPA, piscina dinâmica, 96 quartos twins, 37 duplos e 2 suites presidenciais, restaurante e salões para eventos até 1000 pessoas.
Divulgação do amigo Fernando Curado, figueirense de gema, e sempre atento à Figueira da Foz e arrrdores.