sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O argonauta.(2)


O marinheiro recebe uma carta

que andou milhares de verstás.

A mulher diz-lhe

que na casa que é dos dois

lá longe por trás dos rochedos

se sente muito feliz.


E na carta este sente

em portos de nomes intraduzíveis

pelos longos mares dos meses

convence o saudoso marinheiro

de que a sua viagem sem fim

está a acabar.
Poema de, Jonh Berger

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