terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Porque gostava muito dele, deu-me a saudade de João Hogan!


"As paisagens de João Hogan não são fugazes como as luzes nem feitas para marcar o tempo. São feitas de uma árvore que está ali, e a gente sente-lhe o verde que é uma das maneiras por que se conhece uma árvore; de um monte rapado para um aterro, e a gente percebe-lhe o vazio da terra porque a cor que lá está tem o quente sem apropósito das entranhas a nu; de uma casa que pertence a onde está para que a gente saiba da sua vizinhança antiga com a terra, as árvores e o céu.
Fernando Azevedo, 'João Hogan a paisagem e o resto', 1953"