segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pobretes, mas alegretes...


Foi dito que "os portugueses são pobres, estão desmobilizados, mas dizem estar felizes"...

Como se pode ser feliz sem ter necessidades básicas satisfeitas e tantas dívidas para pagar?

Há 35 anos menos 1 dia, o slogan era "pobrezinhos mas lavadinhos"... "casa onde comem 4 comem 6"..."temos os filhos que deus nos dá"...

Este conformismo dos nossos dias, deixa-me num profundo desconsolo, e, um dia , não sei quando , os povos vão estar na rua... de uma forma que talvez não dê para esquecer... ver aqui
Quotidiano de uma mulher nos subúrbios de Lisboa
Susana não tem tempo para a filha por ter pouco dinheiro para viver
29.06.2009 - 13h02 António Marujo
O desejo maior de Susana Lopes? "Ter tempo para a minha filha. Tenho muita falta de tempo para ela, para poder passear, para lhe dar mais atenção." Susana, de 33 anos, é mãe de uma filha com 15, que terminou o 7.º ano de escolaridade - esta semana saberá se passou.O inquérito Necessidades em Portugal concluiu que uma das maiores carências das pessoas é o tempo. Ter que trabalhar mais para poder subsistir é a razão principal para não poder dedicar-se mais a si, aos outros e a actividades sociais. Oito por cento dos inquiridos dizem acumular mais que uma actividade remunerada. E 56 por cento dizem não ter tempo suficiente para estar ou brincar com os filhos. Susana vive com um companheiro, desempregado, e a filha entre os bairros da Cova da Moura e da Buraca, às portas de Lisboa. O pai da sua filha nunca ajudou na educação. Susana levanta-se diariamente às 6h00, 6h30. Antes de entrar no infantário onde trabalha até às 15h30, passa pelo café que a mãe tem alugado, ali perto, para ajudar. Depois de sair do infantário, vai arrumar a casa e tratar das galinhas que cria para consumo doméstico. Volta ao café, onde fica até por volta das 22h30. Em casa, aguarda-a o resto das tarefas. "À noite faço serão, passo a ferro, trato da roupa... Deito-me à meia-noite, uma da manhã..." (
in Público de 29/06)

2 comentários:

joos119 disse...

Como se pode ser feliz sobrevivendo desta forma tão violenta...não não é possível. As pessoas conformam-se, até um dia...

JMC Pinto disse...

Boa, Boa!!!
ZM