Cuidado com o mar, assim como nos atrai também nos leva para as profundezas, de onde nunca mais saimos. Não se deixe enredar e encantar pelo canto da sereia todas o ouvem...
Quando o sol vai caindo sobre as águas Num nervoso delíquio d'oiro intenso, Donde vem essa voz cheia de mágoas Com que falas à terra, ó mar imenso?...
Tu falas de festins, e cavalgadas De cavaleiros errantes ao luar? Falas de caravelas encantadas Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d'epopeias? Tens anseios D'amarguras? Tu tens também receios, Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz, ó mar amigo?... ... Talvez a voz do Portugal antigo, Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca
P.S. (salvo seja)- Sobre a informação solicitada um dia destes num comentário no Outra Margem, transcrevo esta notícia d´O Figueirense:
Um tradicional batel de sal, exemplar único no rio Mondego, construído há oito anos e que aguardava legalização, voltou a navegar e vai proporcionar passeios turísticos pelos canais adjacentes às salinas, promovidos pela autarquia.
“É uma coisa que não se consegue explicar. Como é que uma embarcação destas, de 20 metros, em madeira, tradicional, demorou quase tanto tempo [a legalizar] como se fosse um porta-aviões?”, questiona Duarte Silva, autarca da Figueira da Foz.
Acrescentou, a esse propósito, que o batel de sal, pronto a navegar desde 2001, encontrava-se numa “situação transitória”, já que, para cada saída, “tinha de ter uma autorização especial da Capitania”.
Construído em 2001 no âmbito de uma parceria formada, com fins turísticos, por associações e juntas de freguesia da Figueira da Foz e posteriormente adquirido pela Câmara Municipal, o “Sal do Mondego” é uma réplica das tradicionais embarcações de transporte de sal existentes na região até aos anos 50 do século XX.
A generalização do acesso às salinas, por via rodoviária, a partir da década de 60, levou a que os batéis de sal caissem em desuso e fossem, progressivamente, abandonados.
Baseando-se num barco parcialmente atolado na lama nos esteiros da freguesia de Lavos, de onde foram recolhidas medidas e elaborado um molde, a parceria “Sal do Mondego” entregou a construção da réplica do batel aos estaleiros Amigos da Ria, na Murtosa.
A empreitada foi supervisionada por um antigo carpinteiro naval, mestre Elísio Banca, que até aos anos 70 se assumiu como o principal construtor daquele tipo de embarcações.
Hoje o batel já não transporta sal - chegava a levar, nos tempos áureos, dez toneladas em cada viagem - mas sim turistas, embora esteja limitado a 12 pessoas e dois tripulantes, lotação diminuta que a autarquia pretende ver alterada, no futuro.
“Vai ficar junto ao Museu do Sal e permitir que quem visita o museu possa também fazer, desde que a maré assim o permita, um passeio no estuário do Mondego”, disse Duarte Silva.
Já João Carronda, presidente da junta de freguesia de Vila Verde e antigo responsável da parceria “Sal do Mondego” mostrou-se agradado pela legalização da embarcação, um “símbolo” do Mondego.
“Passei maus bocados para conseguir trazer o batel até hoje”, disse o autarca, aludindo a circunstâncias várias que dificultaram o processo, como o local de atracagem, a necessidade de reparações ou a falta de verbas.
Classificando de “muito agradável” observar o batel “devidamente legalizado para voltar a navegar na Foz do Mondego”, João Carronda conclui: “estou muito feliz”.
Seria...se o remedio curasse o mal dos corações que teimam em coleccionar paixões... Seria um caminho paralelo, rastejando, não caminhando olhando o futuro e muito menos voando... So voando bem alto, vale a pena. cara Anamar
11 comentários:
Cuidado com o mar, assim como nos atrai também nos leva para as profundezas, de onde nunca mais saimos.
Não se deixe enredar e encantar pelo canto da sereia todas o ouvem...
Fotos cheias de poesia! Mar, a nossa origem...
Nunca é demais
VOZES DO MAR
Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d'epopeias? Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz, ó mar amigo?...
... Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca
P.S. (salvo seja)-
Sobre a informação solicitada um dia destes num comentário no Outra Margem, transcrevo esta notícia d´O Figueirense:
Um tradicional batel de sal, exemplar único no rio Mondego, construído há oito anos e que aguardava legalização, voltou a navegar e vai proporcionar passeios turísticos pelos canais adjacentes às salinas, promovidos pela autarquia.
“É uma coisa que não se consegue explicar. Como é que uma embarcação destas, de 20 metros, em madeira, tradicional, demorou quase tanto tempo [a legalizar] como se fosse um porta-aviões?”, questiona Duarte Silva, autarca da Figueira da Foz.
Acrescentou, a esse propósito, que o batel de sal, pronto a navegar desde 2001, encontrava-se numa “situação transitória”, já que, para cada saída, “tinha de ter uma autorização especial da Capitania”.
Construído em 2001 no âmbito de uma parceria formada, com fins turísticos, por associações e juntas de freguesia da Figueira da Foz e posteriormente adquirido pela Câmara Municipal, o “Sal do Mondego” é uma réplica das tradicionais embarcações de transporte de sal existentes na região até aos anos 50 do século XX.
A generalização do acesso às salinas, por via rodoviária, a partir da década de 60, levou a que os batéis de sal caissem em desuso e fossem, progressivamente, abandonados.
Baseando-se num barco parcialmente atolado na lama nos esteiros da freguesia de Lavos, de onde foram recolhidas medidas e elaborado um molde, a parceria “Sal do Mondego” entregou a construção da réplica do batel aos estaleiros Amigos da Ria, na Murtosa.
A empreitada foi supervisionada por um antigo carpinteiro naval, mestre Elísio Banca, que até aos anos 70 se assumiu como o principal construtor daquele tipo de embarcações.
Hoje o batel já não transporta sal - chegava a levar, nos tempos áureos, dez toneladas em cada viagem - mas sim turistas, embora esteja limitado a 12 pessoas e dois tripulantes, lotação diminuta que a autarquia pretende ver alterada, no futuro.
“Vai ficar junto ao Museu do Sal e permitir que quem visita o museu possa também fazer, desde que a maré assim o permita, um passeio no estuário do Mondego”, disse Duarte Silva.
Já João Carronda, presidente da junta de freguesia de Vila Verde e antigo responsável da parceria “Sal do Mondego” mostrou-se agradado pela legalização da embarcação, um “símbolo” do Mondego.
“Passei maus bocados para conseguir trazer o batel até hoje”, disse o autarca, aludindo a circunstâncias várias que dificultaram o processo, como o local de atracagem, a necessidade de reparações ou a falta de verbas.
Classificando de “muito agradável” observar o batel “devidamente legalizado para voltar a navegar na Foz do Mondego”, João Carronda conclui: “estou muito feliz”.
Dá-me impressão que conheço esse rochedo...
Julgo que não conseguiria viver sem ver o mar. Um homem do mar sente assim...
Fotos lindas e bem significativas.
:)))
O mar, estou sentindo tanto a sua falta .ou será a falta do sal para dar algum sabor à vida???
Que bom seria ser um passaro, voar sobre o mar tendo como destino paragens mais quentes a sul que me aquecessem o coração...
http://www.youtube.com/watch?v=tWnRSIiwGzU
Retribuindo
isaflores:
se o seu coração pende para sul, se o remédio está por aqui..., é caminhar, só assim se faz o caminho... caminhando
Atenta de si...
Seria...se o remedio curasse o mal dos corações que teimam em coleccionar paixões...
Seria um caminho paralelo, rastejando, não caminhando olhando o futuro e muito menos voando...
So voando bem alto, vale a pena. cara Anamar
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