A mulher pintada e a real
"Essa semelhança conferia lhe uma beleza, tornava-a mais preciosa. Swann acusou-se de ter desconhecido o valor de um ser que teria parecido adorável ao grande Sandro, e felicitou-se pelo facto de que o prazer que ele tinha ao ver Odette encontrasse uma justificação na sua própria cultura estética."
in, O Caminho GuermantesProust tem como essência a semelhança e a aparência. Por elas vê as artes, procurando captar o que há de comum entre as formas. Frequentou o Louvre na juventude e fez viagens a Veneza, Pádua, Holanda e Bélgica. Contudo, a sua aproximação à arte vinha de um outro modo: por meio de reproduções, sobretudo fotográficas.
Proust tinha por hábito comparar os seus personagens aos das telas famosas, como é o caso da relação entre Odette de Crécy, paixão de Charles Swann, e Séfora, a rapariga de cabelos dourados e rosto visível na esquerda da tela As Provações de Moisés (detalhe) , de Sandro Botticelli.
(pesquisa na Revista Bravo!, de Março de 2009
1 comentário:
Olá Anamar,
Proust está dentro dos meus escritores preferidos, como pode ver nos destaques do meu blogue.
Obrigada pelo enriquecimento que me deu o seu post ou postal.
Beijinhos,
Manuela
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