quarta-feira, 23 de março de 2011

E depois do adeus...

A Lisboa de Carlos Botelho

LAMÚRIA DO CEGO QUE ANTES QUE O FOSSE

Quando era cego eu previa
(que freguesia)
o que ía acontecer,
Era o que se dizia...

Mas agora que bem vejo,
só agoiro do que vejo,
e já ninguém me quer crer...

Porquê,
se todos o podem ver!

Alexandre O`Neill, Poesias Completas

2 comentários:

Justine disse...

O encanto quase ingénuo da Lisboa de Carlos Botelho. A ironia quase cruel do O'Neill:))) Tudo belo!

Manuela Freitas disse...

Olá Ana,

E depois do adeus...
E depois de ti...
Mal estava...e agora
que beco...
o que virá por aí?

Beijos,
Manuela