segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aves de arribação

Não posso deixar de me associar ao despautério do dia de ontem. Não consigo deixar de ficar indiferente quando os pés estão bem firmes na terra mas falta o abraço amigo para me dizer :-não penses nisso agora... Já nem o povo é "Nobre", a nação valente e imortal. FN, tornou-se num cadáver adiado. E, veio-me à memória uma frase de Fernando Pessoa. " O verdadeiro cadáver não é o corpo (...), mas aquilo que deixou de viver." E assim foi. Pintura de Odilon Redon , "The Raven"

3 comentários:

mario disse...

É assim, Ana. Como homem também eu tinha por Fernando Nobre a admiração que devemos ter por todos quantos mostraram saber dar aos outros mais do que pedem para si.
Mas, como "politico" nunca me levou e, até, achei sempre que tal "bota não ia com a perdigota". Ainda assim, é sempre com desgosto que vemos cair mais um homem, que no fim acabou por nos revelar que, a seu respeito, nos iludidos.

Aproveitando-me do teu Fernando Pessoa,agora travestido em Alberto Caeiro, subscrevo estes versos:

"Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
que na Primavera passada.
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim."

Certamente que a realidade irá,infelizmente ainda e durante muito tempo, precisar de exemplos do F. Nobre, para nos lembrar que a nada nos leva "a vã cobiça"!

Clemente

mfc disse...

Fui tão bem levado...!

anamar disse...

Mário,
afinal o abraço amigo, chegou...
pela tua mão e a de AC.
Abreijo
:))