segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Boa noite...

Tens muito que fazer?
Não.
Tenho muito que amar!

Sebastião da Gama

2 comentários:

ERA UMA VEZ disse...

Eu era tão pequena tão pequena que para chegar à janela...precisava de um pequeno banco.

Ao fim de semana, o Sebastião e a Joana Luisa, casadinhos de fresco, chegavam à vila pelo fim da tarde. Levavam um tempo imenso a percorrer a rua principal. Toda a gente os ia cumprimentar. Ela muita calma, simples mas elegante, ele com um brilho intenso no olhar e uma doçura na voz. Com toda a gente.
E eu ficava à espera que quando passasse à minha porta se lembrasse a olhar para o primeiro andar. E lembrava.Sorria-lhe, corava mas ficava feliz. Um dia passou lá por casa para cumprimentar um tio meu com quem fizera o estágio pós licenciatura. À saída, fez-me uma festa no cabelo e perguntou-me o que queria ser quando crescida. Respondi "Poeta" e houve gargalhada geral.

Também me lembro do dia em que partiu e a vila se vestiu de negro e de tristeza.

Sim. Amou muito. As pessoas, a serra, o mar, a natureza toda e nem trinta anos a vida lhe deu para amar. Cinco ou seis livros de poemas.E o seu Diário,como professor.

Ainda hoje fico deliciada a ouvir a Joana Luisa quando ela fale do Sebastião...
Tanto teria mais para nos dar, o homem e o poeta.
Mesmo com tão pouco tempo, foi bem um homem à frente do seu tempo...e
ainda a tempo de nos dizer que "pelo sonho é que vamos"

Que bom que a Anamar o tenha lembrado.

anamar disse...

Ainda bem que gostou, ERA UMA VEZ.
Além das palavras de Sebastião, a sua estória. Uma sortuda!
Abracinho
Ana