sexta-feira, 9 de março de 2012

9 de Março

Gosto muito desta revista brasileira, BRAVO !, das quais tenho uma boa coleção.
Desde os conteúdos à qualidade gráfica, há todas a s razões para ser gostada.
No nº de fevereiro, gostei de ler a entrevista feita a FHC, onde fala da sua mulher Ruth, a quem agora foi feita uma homenagem pelo seu legado académico, atuação política e a vida doméstica da antropóloga, que tem ensaios reunidos em livro.

Uma mulher, que aparentemente, viveu em segundo plano "por se sentir intelectualmente insegura" e de baixa autoestima pessoal.

BRAVO! - Entretanto, não gostava que a chamassem de 1ª dama.
FHC - Ruth, na verdade, refutava o conceito muito norte-americano de que a primeira -dama ocupa um cargo. "Não, quem ocupa um cargo é o presidente da República", argumentava. "Ele, sim, tem a obrigação prevista pela lei. A primeira-dama precisa apenas de se manter autónoma e desempenhar os papéis que julga adequados. Cada uma deve agir melhor sem tarefas definidas."

BRAVO! - Insegurança? Não dava a menor impressão?
FHC- De fato : Os inseguros costumam parecer afirmativos. No fundo, Ruth ignorava o própio valor. Não possuia uma autoestima muito elevada. A minha sempre se revelou maior. Tanto que,  em casa, meus filhos brincam: "Pai, você precisa fazer uma liposapiração no ego!"

Bom ... e isto veio a talhe de foice pois desconhecia a personalidade de Ruth Cardoso.
E lembro-me sempre de mulheres a quem foi pedido ou contornda a fórmula de ficarem em segundo plano... pois também ficariam na história. E, às vezes assim é...

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