Lembras-te jóia, daquele bacalhau
que comemos em Viana do Castelo?
Parece que foi ontem, mas já lá vão dez anos!
Ainda tinhas muito cabelo...
Chovia nesse dia, bem me lembro.
Deixaste no comboio o guarda-chuva.
Quem te mandou levar toda a viagem
a fazer olhinhos à viúva?
Contos largos... Mas quando o bacalhau,
Como tu disseste: deu à costa,
esqueceste o guarda-chuva e a viúva
e perguntaste a mim: góta não góta?
Ó jóia! E o azeitinho! Aquilo sim!
P'ra comer só no Norte, só no Norte!
E depois... Na pensão... Os pés juntinhos...
Foi mais forte do que nós, muito mais forte!
TROMPE L' OEIL, de Alexandre O'neil
que comemos em Viana do Castelo?
Parece que foi ontem, mas já lá vão dez anos!
Ainda tinhas muito cabelo...
Chovia nesse dia, bem me lembro.
Deixaste no comboio o guarda-chuva.
Quem te mandou levar toda a viagem
a fazer olhinhos à viúva?
Contos largos... Mas quando o bacalhau,
Como tu disseste: deu à costa,
esqueceste o guarda-chuva e a viúva
e perguntaste a mim: góta não góta?
Ó jóia! E o azeitinho! Aquilo sim!
P'ra comer só no Norte, só no Norte!
E depois... Na pensão... Os pés juntinhos...
Foi mais forte do que nós, muito mais forte!
TROMPE L' OEIL, de Alexandre O'neil
3 comentários:
A "viúva" e o "fiel" amigo ou as ontradições.
;)
Oh mh cara Anamar:
É lindo o poema, só me custa a crer que o nosso poeta escrevesse "deixaste" assim...
Esse é um erro desta geração, não da geração dele...
Abracinho!
Obrigada, Isabel.
Ao copiar o poema, não sei como aconteceu...
Costuma-se dizer,que as cadelinhas apressadas, parem os cachorros cegos...
Foi isso, que metaforicamente, aconteceu.
Abracinho
Ana
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