quinta-feira, 7 de junho de 2012

Pequenas viagens mas plenas de ternura... e recordação.


Esta urze ou torga, foi plantada por Miguel Torga quando foi viver para esta casa, situada nos Olivais, em Coimbra.
É da família das Ericáceas, nasceu de modo espontâneas em Portugal, também conhecidas por quiroga, torga ordinária, torgão, torgueira, urze-branca. Da sua raíz fazia-se o carvão.
De Miguel Torga, e seu habitat natural, só conhecia o seu consltório para onde o via entrar qando eu ía tertuliar para o café" A Brasileira."


"Que belo é ter um amigo! Ontem eram ideias contra ideias. Hoje é este fraterno abraço a afirmar que acima das ideias estão os homens. Um sol tépido a iluminar a paisagem de paz onde esse abraço se deu, forte e repousante. Que belo e que natural é ter um amigo!"
Miguel Torga

4 comentários:

casos e acasos da vida disse...

Recordar é viver de novo o que foi grato viver!!
Beijinhossss

ERA UMA VEZS disse...

Cara Anamar

Um dos seus bons amigos foi Sebastião da Gama, o poeta da Arrábida.

Já lá vão muitos anos quando ambos se juntaram na antiga estalagem entre a Serra e o mar. O lugar pertencia aos pais de Sebastião e
era especial.
Tão especial que lá esperei a minha primeira filha.De dia levava a imensa barriga mar adentro e à noite jantávamos calmamente naquela quase gruta escavada na rocha.

Miguel Torga esteve por lá numas férias de Páscoa.
Tão felizes foram os dias dos dois poetas e famílias, que Torga escreveu assim:

REFÚGIO

Sózinho a ouvir o mar que não diz nada
férias do mundo e de quem lá anda
concha de ouriço mas desabitada
aberta no lençol da areia branda

Não se lembrem de mim esta semana
Matem o Cristo e ele que ressuscite
Eu, nesta angústia humana ou desumana
quero apenas que o sono me visite
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Retirado do Livro A SERRA DA ARRÁBIDA NA POESIA PORTUGUESA
publicado pelo Centro de Estudos Bocageanos.
(Também lá estão umas coisitas minhas, a convite do Centro.
Imagine o meu orgulho, com estas companhias)
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Abraço.

anamar disse...

ERA UMA VEZ,
bom dia!
Bom acoradar com o conto de uma passagem da sua vida.

Bom ter pisado o mesmo chão que esses dois "monstros" da poesia também pisaram... Bom esse filho ainda no ventre ter partilhado a poesia com a mãe e os demais.
Pensei nos momentos de tertúlia que também Torga viveu na sua casa, com gente que todos sonhámos ter á mesa... com a sua mulher, que proibida de dar aulas se dedicou com prazer e descoberta `a cozinha...
A todos e a si, uma sa´de.
Abracinho

mfc disse...

É uma sensação tão boa quase poder tocá-lo através da planta!!