sexta-feira, 31 de maio de 2013

Talvez valha a pena...

Comprar hoje este jorna é uma sugestão que vos deixo. Tenho acompanhado no FB as intervenções de António Pinho Vargas. Pertinentes, fortes, aguerridas e sinceras. As suas, as nossas dores...
Também Siza Vieira tenha algo a dizer sobre algo" que" outros" não têm coragem nem competência.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sabe-me dizer, p.f. onde fica a estação de Correio mais próxima?Uhmmmm...



 Resposta: - Terá que ir ao Estoril ou a Cascais, 20m a pé, se for de carro tem que pagar o estacionamento, se for de autocarro, 2euros e vinte para cada lado,  igual a 4  euros 40 cêntimos .
Monte Estoril e Estoril no principio do séc. XX.  Belíssimo.
Monte Estoril no séc. XXI, uma pérola junto ao Atlântico. E também com uma estação de CCT fechada há duas semanas. 
E, o desbaste continua. (aqui) . 

terça-feira, 28 de maio de 2013

A vida e os seus tempos...


                                        Pinturas de Harold Gilman, séc. XIX

Efeméride...


     
                                       (leitura feita nesta edição há uns 50 anos... )

Há 50 anos Aquilino Ribeiro partiu. 
Eu, leitora confessa, por todas as razões apresentadas na notícia (aqui) , ou por razões de preguiça... , só li de Aquilino,  o Romance da Raposa.

Momentos de ouro...

                                           Exposição do Centenário de Álvaro Cunhal
                                               NO- filme a não perder...
Dois momentos culturais vividos há uns dias que me causaram enorme emoção. 

domingo, 26 de maio de 2013

Música...

                                               Miles David faria hoje 87 anos. 
                                              Fiquemos com ele, hoje e sempre.

sábado, 25 de maio de 2013

Leituras breves...

"Portugal é, neste momento, um país nu. Quer dizer, um país sem nenhum álibi histórico, entrincheirado na sua confinada  faixa atlântica, sem possibilidade de sonhar outro sonho que não o seu próprio, caseiro. Nós passámos séculos a fugir de nós mesmos enquanto apenas portugueses. Fuga simultaneamente estelar e criadora que não permitiu nunca que nos encontrássemos connosco mesmos. Fomos sempre outros. Esta fuga é agora impossível. (...) A nossa aventura histórica é a de um povo que viveu sempre em bicos de pés, acima das suas possibilidades reais, esperando tudo de milagres que às vezes aconteciam. (...) Quando os desastres aconteceram, descobriu-lhe logo o antídoto, criando a especialidade lusitana por excelência de transfigurar os alcáceres-quibires reais em aljubarrotas ficticias."
Fotografias tiradas no paredão Cascais/Estoril. ARTE MAR, exposição de esculturas.
Excerto de texto de Eduardo Lourenço, partilhado com Simão Gorjão.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Basta! Basta! Basta! Bom fim de semana



Quero voar
-mas saem da lama
garras de chão
que me prendem os tornozelos.

Quero morrer
-mas descem das nuvens
braços de angústia
que me seguram pelos cabelos.

E assim suspenso
no clamor da tempestade
como um saco de problemas
-tapo os olhos com as lágrimas
para não ver as algemas...

Mas qualquer balouçar ao vento me parece Liberdade.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Emoções primaveris....


Hoje foi um dia de grande emoção à qual penso vir até ele mais tarde...
Estou num processo de "digestão".
Começou no dia primaveril  à beira mar plantado, passou pelo o Terreiro do Paço e acabou no Medeia Monumental. "NO"."NÃO"

domingo, 19 de maio de 2013

Nem tudo é mau...



Museu da Batalha acaba de ganhar prémio Europeu, Kenneth Hudson , . (aqui)
Concepção museológica do artista plástico António Viana.
Há quanto tempo não passa por lá? 
As auto estradas fizeram perder o  encanto desta paisagem arquitetónica, uma das mais bonitas do país.

Coisas do mar...




Hoje, passeando ao longo da Baía de Cascais, entre chuva, sol e uma visita breve do arco-íris.

sábado, 18 de maio de 2013

Bom fim de semana... Um voto mais. Que seja pleno de poesia. Fechem os olhos aos jornais. Forma de sobrevivência....

A VidaA vida, as suas perdas e os seus ganhos, a sua 
mais que perfeita imprecisão, os dias que contam 
quando não se espera, o atraso na preocupação 
dos teus olhos, e as nuvens que caíram 
mais depressa, nessa tarde, o círculo das relações 
a abrir-se para dentro e para fora 
dos sentidos que nada têm a ver com círculos, 
quadrados, rectângulos, nas linhas 
rectas e paralelas que se cruzam com as 
linhas da mão; 

a vida que traz consigo as emoções e os acasos, 
a luz inexorável das profecias que nunca se realizaram 
e dos encontros que sempre se soube que 
se iriam dar, mesmo que nunca se soubesse com 
quem e onde, nem quando; essa vida que leva consigo 
o rosto sonhado numa hesitação de madrugada, 
sob a luz indecisa que apenas mostra 
as paredes nuas, de manchas húmidas 
no gesso da memória; 

a vida feita dos seus 
corpos obscuros e das suas palavras 
próximas. 
Nuno Júdice, in "Teoria Geral do Sentimento"

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Requiem por Muitos Maios...

Requiem por Muitos MaiosConheci tipos que viveram muito. Estão 
mortos, quase todos: de suicídio, de cansaço. 
de álcool, da obrigação de viver 
que os consumia. Que ficou das suas vidas? Que 
mulheres os lembram com a nostalgia 
de um abraço? Que amigos falam ainda, por vezes, 
para o lado, como se eles estivessem à sua 
beira? 

No entanto, invejo-os. Acompanhei-os 
em noites de bares e insónia até ao fundo 
da madrugada; despejei o fundo dos seus copos, 
onde só os restos de vinho manchavam 
o vidro; respirei o fumo dessas salas onde as suas 
vozes se amontoavam como cadeiras num fim 
de festa. Vi-os partir, um a um, na secura 
das despedidas. 

E ouvi os queixumes dessas a quem 
roubaram a vida. Recolhi as suas palavras em versos 
feitos de lágrimas e silêncios. Encostei-me 
à palidez dos seus rostos, perguntando por eles - os 
amantes luminosos da noite. O sol limpava-lhes 
as olheiras; uma saudade marítima caía-lhes 
dos ombros nus. Amei-as sem nada lhes dizer - nem do amor, 
nem do destino desses que elas amaram. 

Conheci tipos que viveram muito - os 
que nunca souberam nada da própria vida. 
Nuno Júdice, in "Teoria Geral do Sentimento"

quinta-feira, 16 de maio de 2013

São rosas, senhores... Vermelhas, também...


Há em Bruxelas , perto da conhecida rua dos restaurantes, Rue des Bouchés, uma casa de comida bem portuguesa, de menu bem "tuga" e boa clientela. Fui por lá, feliz.
É a casa do "Bigodes"... Simpático mas de ar sério... Diziam, que além de pedir excesso de trabalho à sua "dedicada" esposa, quando o Benfica perdia, dava uma sova na dita...
Ao longo dos anos, espero que o homenzinho tenha acalmado, pois com tantas derrotas, já teria sido um caso de polícia.
Há pouco, falando no "chat" com uma amiga, despediu-se com brevidade , dizendo:-vou-me deitar que os ânimos estão maus cá por casa  por causa da derrota...
Se nada compreendo de futebol * e não me motiva muito... estes comportamentos ainda me fazem ficar mais obtusa...
Fiquem bem. 
*Mas vi o jogo... aos bochechos. 

terça-feira, 14 de maio de 2013

"A moral da arte reside na sua própria beleza." *


                                          Trabalhos de Pedro Pascoinho, 2012
*Citação de G. Flaubert

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tempo para uns dias de descanso...Mas, às vezes posso aparecer de repente. Bom filme...


Completamente "gregos" neste dia Mundial da Europa...

                                                   Assim pintou Tiziano o rapto da Europa

Europa era uma linda princesa fenícia. Como ainda não chegara à idade de casar, vivia com os pais num magnífico palácio e tinha por hábito dar longos passeios com as amigas nos prados e nos bosques. Certo dia quando apanhava flores junto da foz de um rio foi avistada por Zeus (o deus supremo) que se debruçava lá do Olimpo observando os mortais. Fascinado com tanta formosura, decidiu raptá-la. Para evitar a fúria da sua ciumentíssima mulher, quis disfarçar-se. Nada mais fácil para quem tem poderes sobre naturais! Tomou a forma de um touro. Um belo touro castanho com um círculo prateado a enfeitar a testa. Desceu então ao prado e deitou-se aos pés da Europa. Ela ficou encantada por ver ali um animal tão manso, de pelo sedoso e olhar meigo. Primeiro afagou-o, depois sentou-se-lhe no dorso e... o touro disparou de imediato a voar por cima do oceano. A pobre princesa ficou assustadíssima. Mas não tardou a perceber que o raptor só podia ser um deus disfarçado, pois entre as ondas emergiam peixes, tritões e sereias a acenar-lhes. Até Posídon apareceu agitando o seu tridente.

Muito chorosa, Europa implorou que não a abandonasse num lugar ermo. Zeus consolou-a, mostrou-se carinhoso, prometeu levá-la para um sítio lindo que ele conhecia fora da Ásia. Prometeu e cumpriu. Instalaram-se na ilha de Creta e tiveram três filhos que vieram a ser famosos. Agora o nome da princesa é que ficou famosíssimo!

(mitologia grega)


E estudo, tu estudas, nós temos que estudar para vencer...


Tenho andado calada com a a estória mais que cansativa sobre o regresso de exames do 4ºano. Tanto "histerismo" é confrangedor. Querer passar a pôr as crianças em redomas e trata-las como "imbecis" e pobres coitadinhas, é como diz Henrique Monteiro , nos eu artigo no Expresso , alimento para mau jornalismo . Eu acrescento, pais pouco ocupados... e as ditas inteligências cursados em Ciências da Educação, em grande parte, sem nunca terem passado pela vertente do ensino, e muito menos do 1º ciclo.
Sei do que falo. Fui oficial deste ofício durante 33 anos. Só quem lá esteve desde 1973 até 2007, sabe as loucuras que os sistemas em constante experimentalismo, sem os concluir e avaliar, fizeram connosco , os professores , que se veio a refletir nos nossos alunos. Lançaram-se para o ensino , professores de uma ignorância atroz. Em fins de 90, passei 2 anos pela Escola Superior de Educação. Um terror ao verificar as pautas dos alunos de iniciação, futuros professores, com notas negativas a Português e Matemática.

Também, foi no fim dos anos 90 que se fizeram as primeiras provas de aferição ás duas disciplinas. Nunca soubemos bem para que serviam... Se para avaliar as competências dos alunos ou dos professores. Os resultados, chegavam ao fim de 1 ano, quando as crianças já estavam no 5º ano e noutras escolas.

Mas uma coisa é certa, as crianças gostavam de ser avaliadas, sentiam-se elevadas, e , se algum nervosismo existia, ele era e é natural. É o bom stress a funcionar e le faz parte da vida.
Era um professor da escola que orientava as provas.
Espanta-me o blá-blá dos críticos... e do meu ex sindicato. "levantar cedo".."sair do seu local habitual"... "não conhecer os examinadores"... Um rol. Esquecem ou não se querem lembrar que a partir de setembro estas crianças vão para outras escolas e vão conhecer 8 ou 9 professores diferentes.
Acreditem os pais que as crianças gostam de responsabilidade e são bem mais sensatas do que os pais.
Bastou ver na televisão a sua descontração e facilidade de comunicar e exposição mediática saudável.

É um marco importante para as suas vidas, como foi o nosso há muitas décadas atrás... Vestidinhos novos, fatinhos para os rapazes, lanchinhos que as mães iam levar ao intervalo. Miminhos.
Mas não comparem os exames de agora com os do nosso tempo. Os conteúdos nada têm a ver. Até esses subestimam as crianças pela facilidade das provas, que representam as suas aprendizagens .

E fico-me por aqui... pois a emoção já está a tomar conta de mim.
(Não gostei da minha instrução primária. Apanhei professores loucos. Os programas eram bárbaros e abstratos.  O exame , uma emoção, mas o olhar da minha Mãe e a sua forma de trabalhar a minha autoestima, foram fundamentais. Ttambém íamos a outras escolas ser examinadas. Traumas, nenhuns... só recordações e o sabor inesquecível da vianinhas com manteiga e fiambre que a minha mãe levava para o intervalo.)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Outras homilias...


Por aqui... outras missas se ouvirão. Muito interessante. 

"testemunha, réu, vítima e juiz"...


Depoimento

Deponho no processo do meu crime.
(Sou testemunha
E réu
E vítima
E juiz.)
Juro
Que havia um muro,
E na face do muro uma palavra a giz.
Merda! - lembro-me bem.
- Crianças... - disse alguém
Que ia a passar.
Mas voltei de novo a soletrar
O vocábulo indecente,
E de repente,
Como quem adivinha,
Numa tristeza já de penitente,
Vi que a letra era minha...

Miguel Torga, Poesia Completa
Imagem, assinatura de Torga

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Leituras breves...

           Pintura do impulsinador do Simbolismo em França, séc. XIX, Gustave Moreau

Ser austero é não saber esconder que se tem pena de não ser amado.
A moral é a má hipocrisia da inveja.

(De uma carta particular de Álvaro de Campos )
Penso que essa carta foi dirigida a ANTÓNIO BOTTO.

domingo, 5 de maio de 2013

Dia da Mãe... mas também do do Pai que nos deixou...


Hoje é um dia de reflexão sobre uma estória de Amor.
Há 17 anos precisamente, dia 5 de Maio e dia das Mães, o meu meu deixou-nos paulatinamente , para uma outro mundo, abstrato e estranho. Aquela vida que gostaríamos que existisse depois da morte.
A partira daí a minha Mãe... , talvez por coisas da idade, diz que para ela , Dia da Mãe, é a 8 de Dezembro.
E eu faço-lhe a vontade.
Porque ainda vivam ou só estejam em memória, um abraço a todas as mães e filhos(as).

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Cada vez se me somem mais as palavras, as ideias e a liberdade. Bom fim de semana.


Vale a pena vir até ao Estoril... Carlos Avillez acertou na "mouche"...


"Viagem à roda da Parvónia" foi escrita por Guilherme de Azevedo e Guerra Junqueiro nos finais do século XIX. Trata-se de uma comédia política, tão provocadora como actual. Estreia dia 13 no Teatro Municipal Mirita Casimiro, no Estoril.
Sinopse:
Proibido logo no dia a seguir à estreia, o texto ganhou, à época, contornos de escandaloso e maledicente. Hoje, passados mais de cem anos, mantém a sua atualidade e pertinência apesar da diferente situação política em que vivemos. Povoada de música, dança e realidade, a peça é o reflexo do nosso presente refletido num espelho do passado, demasiado próximo do que somos. Carlos Avilez arrisca encenar este texto esquecido em que fantasia e verdade se confundem, e em que a crítica ao país de ontem é, afinal, a mesma que se faz ao Portugal de hoje.
"Viagem à roda da Parvónia"
texto - Guerra Junqueiro e Guilherme de Azevedo
versão e dramaturgia - Miguel Graça

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Alegorias ao mês de Maio que hoje chegou....




Hoje, ao procurar um tema para festejar o mês de Maio, de que sempre gostei, muito antes de saber o que ele representava, encontrei este blogue  , dedicado à cultura popular. Muito interessante e de elevado conhecimento. Logo, ao lê-lo sairemos mais ricos, onde nos dias que correm, a palavra "ricos", tende a desaparecer, ou então gritamos, "eles são sempre os mesmos."
Por curiosidade. A minha mãe ligou-me cedo para saber se já estaria acordada.  Tradição figueirense... Levantar cedo para deixar entra o Maio. Os foguetes e fanfarras também não nos deixavam dormir. Essas, as bandas, pelas quais tenho verdadeira paixão, faziam logo saltar da cama e  "ouve-las" passar.
Outros tempos.
Hoje,  são tempos  de luta.
Um dia grande a todos os amigos ou" menos" amigos que por aqui passam.