sábado, 30 de novembro de 2013

Hoje apeteceu-me passar por aqui... Leituras breves.


Adriano foi vítima de todo o tipo de intrigas palacianas típicas de quem se move nos meandros do poder, agindo de forma pragmática e eficaz na resolução de conflitos, e, em termos do vasto império que ia desde a Inglaterra até à Pérsia, a prolongar a pax romana recorrendo o mínimo possível à força, com negociações e compromissos inteligentes próprios de um homem de Estado que, pelo relato, é porventura um exemplo até para o seu equivalente nos políticos dos dias de hoje. 

(li há pouco que PPC, detestava ACS, quse que se lia, odiva. Disse-o Medereiros Ferreira)

Bom fim de semana...

Há muito tempo que não saio de casa
Se soubesses a vontade que tenho de passear
no interior da tua orelha

De Jorge Sousa Braga, in Mississipi 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Entre "UMA VEZ" e outra vez, alguma vez há-de ser "ERA"...



SOFIA E CARMO

Pudesse eu levar-te sempre flores
àquele lugar enfeitado de saudade
onde adormeces
companheira de eternidade
de minha irmã levada antes do tempo

Lugar que parece só eu conheço
alguns seixos e conchas de mar enfeitam a tua pedra nua


ouvi dizer que te vão levar dali
e outros poderão levar flores também
(nada mais justo)

porém... cada vez que eu subir essa colina e ficar por ali a meditar
junto daquele moinho arruinado
vou recear
que ela se sinta mais sozinha
e já não digam poemas ao luar
Poema de , ERA UMA VEZ... mas eu sei o seu nome verdadeiro. Força, amiga . Espero sempre por si...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Um recato ou um recanto? Mas, encanto, há!

Pudesse eu ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Pra poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes.

POESIA, Sophia de M. Breyner

As minhas fotos. Sintra


terça-feira, 26 de novembro de 2013

OE2014..........

                               Natureza morta de Paul Cézanne, 1906

OE2014. A minha ideia de...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres e não só...

 Aprovado oficialmente nas escolas da Irlanda …” e logo na introdução diz António Botto:

“ Maltratar com violência uma criança obrigando-a a derramar algumas lágrimas é lançar no seu espírito a ira, a tristeza, a inveja, a vingança, a hipocrisia. Com esse choro, com essa expansão dolorosa, de soluços e gemidos, desaparece para sempre a visão encantada, risonha e ingénua da vida; e pouco a pouco há-de extinguir-se aquela secreta e inefável comunhão espiritual que deve existir entre os que nos trouxeram a este mundo, - e nós que viemos para continuar amorosamente os seus desejos, os seus princípios e as suas ideias."

Este livro encontra-se, desde essa data de publicação, (1931) traduzido para irlandês, espanhol, alemão, inglês e italiano.

Eugénio de Andrade disse que foi a obra poética de António Botto que o fez afastar-se da escola e aconchegar-se cada vez mais na poesia.
Pintura de Sarah Affonso, "A Procissão"

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Hoje é dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos. Benjamin Britten também tem hoje o seu centenário...

Pelo jornal Público soube hoje desta efeméride...

Benjamin Britten nasceu há 100anos e dizem que revolucionou a ópera inglesa.

"A guerra é errada em todas as ocasiões", defendia.
Também escreveu , em 1937.  " É cruel que a música possa ser tão bela. Tem a beleza da solidão e da dor : da força e da liberdade. A beleza do desapontamento e do amor sempre insatisfeito. A beleza cruel da natureza, e a beleza perene da monotonia"
Fiquem pois para o ouvir... Se for caso disso, claro está.
Bom fim de semana.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

As palavras dos outros...

"AMANHÃ
algumas vezes é prudência
muitas vezes é o advérbio dos vencidos

AGORA
(não te deixes enganar)
volta à tua vida AGORA
porque AGORA
nunca é demasiado cedo nem demasiado tarde"


Autor incógnito, mas carinhosamente oferecido por uma Amiga do Mar à Vista, ERA UMA VEZ.

Pintura de Edward Hopper

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

De passagem obrigatória...

                                           Pintura acrílico sobre tela, de Rui Tavares

Quem passa pela Figueira da Foz , não pode deixar de visitar a Galeria Rastro, na Rua da Liberdade.
Além do enorme acervo, tem de momento uma bela exposição inaugurada no passado sábado com quadros do pintor figueirense Rui Tavares, docente no Centro de Formação Artística Nextart e do pintor Daniel David (ver aqui) nascido no Porto em 1975 que concluiu em 2003 a sua Licenciatura em Pintura e lhe é atribuído pelo Atneu Comercial do Porto o prémio de melhor aluno de Pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Mar, Serra e Arte, um bom motivo para passar por esta "trés sage" cidade... 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O poeta nunca morre... vivemos das e com as suas palavras...

...entro no Amor como em casa.

"Regresso devagar ao teu 
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que 
não é nada comigo. Distraído percorro ...
o caminho familiar da saudade, 
pequeninas coisas me prendem, 
uma tarde num café, um livro. Devagar 
te amo e às vezes depressa, 
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo, 
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa. "

Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"


Pintura de Edward Hopper

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Serra da Estrela... Entre o sol e o frio anunciado, lá vamos indo...


É sempre com alegria e expetativas que nunca saem goradas,  que,  quase todos os anos vou até Seia nesta altura do ano. Um presente dos deuses... Sim, porque felizmente  ainda os há por aí...

Um vasto leque de oradores do mundo académico prometem uma viagem pela história de Portugal no contexto do mundo, com abordagens referentes a diferentes períodos da nossa existência, como a História da Civilização Ibérica (séc. XIX), Portugal na Idade Média (Séc. XII e XV), Portugal e a China na época moderna, Portugal enquanto crise (1890/1891 e 2008), os Portugueses em busca do mundo, entre outros. Serão igualmente objecto de discussão nesta 16ª edição matérias como a abrangência da língua e da literatura portuguesa, cultura, fronteiras e identidades, a emigração portuguesa, relações internacionais, o retrato estatístico do país nos dias de hoje, o conhecimento, sistemas culturais e desnacionalização da cultura escolar, etc.

As Jornadas Históricas são promovidas pelo Município de Seia, através do Arquivo Municipal, e coordenadas, à semelhança dos anos anteriores, por Fernando Catroga, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

A participação nesta formação equivale a 1 crédito, acreditação do Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua, aplicável a educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário.

Em tempo de" fomes", olhemos a "Abundância"...


                                    "A Abundância", de Peter Paul Rubens, 1640

terça-feira, 12 de novembro de 2013

As minhas escolhas no Festival... Hoje.

A minha escolha de hoje...

"Harmony Lessons", de um realizador cazaque e cuja história se situa no seu país.
Centra-se no quotidiano de um rapaz de 13 anos que vive com a avó. Humilhado em frente aos colegas, torna-se vítima de bullyng. O episódio provoca-lhe desordens de personalidade com os problemas inerentes... A espiral de violência vai pôr a sociedade em xeque... 
Um tema acutilante e transversal às sociedades de hoje...
No último festival de Berlim, Lições Harmoniosas foi premiado.

domingo, 10 de novembro de 2013

100 anos seriam , se... Álvaro Cunhal

                              Pintura de Álvaro Cunhal, "Como gostava de ser pintor", 1947

VIDA

Após uma onda outra onda:
uma onda que se quebra
outra que se levanta...


Eterno e gasto
e sempre novo movimento das marés!

De Joaquim Namorado, em INCOMODIDADE

domingo, 3 de novembro de 2013

Ontem, escrito na pedra... Bom domingo


"Em Portugal, as pessoas são imbecis ou por vocação, ou por coação, ou por devoção"...


Miguel Torga  , jornal Público de 2/11/2013

sábado, 2 de novembro de 2013

2 de novembro...

                                      Kandinsky, Wassily - Allerheiligen (todos os santos) (1911)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Como gostei deste "Paraíso". Segue-se o "Inferno"...

A não  perder, se possível e gostar.
Vim muito bem disposta.
Disposição torna-se pouco vulgar nos dias de hoje. E logo hoje...

"O culto dos mortos como uma poética da ausência"

... a progressão da campa individual, do jazigo, do 
epitáfio, da estátua e, por fim, da fotografia (relembre-se que a descoberta 
da fotografia — essa nova ilusão da paragem oval e sépia do tempo — é 
contemporânea da revolução cemiterial romântica) deve ser vista como 
uma consequência iconográfica dos novos imaginários, quer estes apontem 
para fins escatológicos, quer se cinjam à memória dos vivos. E, para que a 
simbólica do cemitério (a localização) lhes correspondesse, a materialização 
dos signos exigiu a fixação do cadáver (isto é, um monumento), de modo a 
ser nítida e inequívoca a evocação (a imagem, o símbolo, o epitáfio narrativos) 
e a identificação do ausente (a epigrafia onomástica)(47). Recorde-se que 
a antroponímia é uma forma de controlo social da alteridade do sujeito. 
Não surpreende, assim, que todo o dever de memória tenha de passar pela 
invocação (ou restituição) dos nomes próprios: a nomeação faz sair do 
esquecimento o evocado, renovando-lhe o rosto e a identidade...

Em http://www.artcultura.inhis.ufu.br/PDF20/f_catroga_20.pdf (clicar) , de Fernando Catroga