Seremos nós próprios, unicamente nós próprios, é algo de extraordinário.
Mas como chegar a isso, como alcançá-lo? Ah!, eis o truque mais difícil de todos. Difícil, precisamente, porque não envolve qualquer esforço. (...)
E eis que de repente lhe surgiu a ideia - tão simples! - que ser um Zé-ninguém ou ser Alguém ou ser mesmo toda a gente não o impedia de ser ele próprio. Se era realmente um Palhaço, então sê-lo-à sempre e sempre, desde a hora madrugadora do levantar até ao momento nocturno de fechar os olhos.
Excerto do livro O SORRISO AOS PÉS DA ESCADA, DE Henry Miller
Ilustrações de Frederico Rocha
Fotografia de Marcel Marceau
2 comentários:
Henri Miller liberto do "cliché"...
muito bem.
beijo
Ridi Pagliaccio!
Abraço
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