quarta-feira, 30 de setembro de 2015
votar, votar, votar, "contra os canhões, marchar, marchar"
Esta foto tem 40 anos, mostra uma fila para as primeiras eleições livres em Portugal, em 1975. A minha avó chamava-lhe «o primeiro dia em que fomos todos iguais.»
De Bernardo J. Rodrigues, do Grupo , Fascismo nunca mais, no FB
momentos
terça-feira, 29 de setembro de 2015
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
saudades de namorar? muito, pouco, ou nada?
Somos muitos... Ainda há espaço nos ramos par compormos o ramalhete. Ler AQUI, Diário de Notícias de ontem. Muito interessante.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
"dou-te um verso"
(adeus palavras, sonhos de beleza, montanhas desoladas da infância donde tudo se via : a alegria e a cegueira do que se não via;)
Manuel António Pina - Farewell Happy Fields
Manuel António Pina - Farewell Happy Fields
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
olhares. .terras do Barroso, Tourém
Poema da Lavadeira
Lava, lava, lavadeira,
Com a alma, com a mão.
Água canta na torneira
Sua líquida canção.
Lava, lava, lavadeira,
Sem descanso, sem razão.
Sua história verdadeira
Escreve-se com sabão.
Água canta na torneira
Sua líquida canção,
Lava, lava, lavadeira,
Com a alma, com a mão.
A manhã é transparente,
Brilha o sol com seu calor.
Tanto sonho de repente
Misturado com suor.
Lava, lava, lavadeira,
Sua roupa-ganha-pão,
Você tem a vida inteira,
Pra cumprir sua missão.
Cícero Alvernaz
Poema tirado do blogue ATRIUM MEMÓRIA, ASSOCIAÇÃO CULTURAL.
"Eu"o poema , eu e o meu olhar
Dizemos «eu»a todo o momento, mesmo quando julgamos estar a enunciar verdades universais. A primeira pessoa do singular é o ponto de partida literário por excelência. Dele emerge, nos melhores casos, um olhar capaz de nos restituir o mundo a partir de um ponto de vista inaugural, permitindo-nos questionar e reavaliar não apenas o que nos rodeia e o que vemos, mas acima de tudo aquilo que somos. *
*Sonetos Inéditos de Fernando Pessoa
As minha fotos. Plantas autóctones da região do Barroso que nascem espontaneamente na maior adversidade, terra queimada.
*Sonetos Inéditos de Fernando Pessoa
As minha fotos. Plantas autóctones da região do Barroso que nascem espontaneamente na maior adversidade, terra queimada.
sábado, 19 de setembro de 2015
bom fim de semana
Com mais ou menos energia, eis-me de novo no já envelhecido Mar à Vista.
domingo, 13 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
ei-los que partem, outros que chegam...
Um texto de 1969, de um jornal parisiense, AQUI.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Leituras breves...
"São precisamente as perguntas para as quais não existem respostas que marcam os limites das possibilidades humanas e traçam as fronteiras da nossa existência".
Milan Kundera em a Insustentável Leveza do Ser
Pintura de E. Hopper, "As Janelas"
Milan Kundera em a Insustentável Leveza do Ser
Pintura de E. Hopper, "As Janelas"
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Aquele mar...
AQUELE MAR
Aquele mar da minha infância,
bom camarada e meu irmão
a sua voz, o seu olor, sua fragrância
tanto os ouvi e respirei
que trago em mim o seu largo ritmo,
seu ritmo forte,
como se as praias onde espuma
quase me fossem
praias sem fim dentro de mim
ocultas praias, largas praias
do tumultuoso coração…
Aquele mar da minha infância,
bom camarada e meu irmão
a sua voz, o seu olor, sua fragrância
tanto os ouvi e respirei
que trago em mim o seu largo ritmo,
seu ritmo forte,
como se as praias onde espuma
quase me fossem
praias sem fim dentro de mim
ocultas praias, largas praias
do tumultuoso coração…
Aquele mar
meu confidente de horas idas
tudo escutava e adivinhava
do meu pueril e ingénuo anseio.
Nada sonhei que o não dissesse
– frémito de alma, grito ou prece –,
às madrugadas e aos poentes,
ao sol, às nuvens, ao luar,
ora nascendo, ora morrendo
nos longos, longos horizontes
em que se perdia o meu olhar…
meu confidente de horas idas
tudo escutava e adivinhava
do meu pueril e ingénuo anseio.
Nada sonhei que o não dissesse
– frémito de alma, grito ou prece –,
às madrugadas e aos poentes,
ao sol, às nuvens, ao luar,
ora nascendo, ora morrendo
nos longos, longos horizontes
em que se perdia o meu olhar…
Aquele mar
na calma azul, no temporal,
nunca mentia: era um só beijo,
hálito puro, largo harpejo
que me entendia e respondia
no seu inquieto marulhar…
Moço e menino, solitário,
rochas, falésias, areais
eu coroava-os de alegria
nos meus passeios matinais.
Ou nalgum barco pescador,
velas abrindo a todo o pano,
do oceano então era senhor,
largava a escota, navegava,
no vão desejo de aventuras,
que não chegava a realizar…
Mas era meu, e eu pertencia-lhe,
àquele mar,
era seu filho, escravo e dono,
sorria à sua Primavera,
amava a luz do seu Outono,
o vivo lume dos estios
a violência dos Invernos
longos clamores de temporais.
Aflito voo das gaivotas
junto das negras penedias,
também como ele me perdias,
nas tardes tristes e sombrias,
na bruma gélida das noites…
E a eternidade então ouvia
humano sonho sempre esquecido
na eterna voz que fala o mar.
na calma azul, no temporal,
nunca mentia: era um só beijo,
hálito puro, largo harpejo
que me entendia e respondia
no seu inquieto marulhar…
Moço e menino, solitário,
rochas, falésias, areais
eu coroava-os de alegria
nos meus passeios matinais.
Ou nalgum barco pescador,
velas abrindo a todo o pano,
do oceano então era senhor,
largava a escota, navegava,
no vão desejo de aventuras,
que não chegava a realizar…
Mas era meu, e eu pertencia-lhe,
àquele mar,
era seu filho, escravo e dono,
sorria à sua Primavera,
amava a luz do seu Outono,
o vivo lume dos estios
a violência dos Invernos
longos clamores de temporais.
Aflito voo das gaivotas
junto das negras penedias,
também como ele me perdias,
nas tardes tristes e sombrias,
na bruma gélida das noites…
E a eternidade então ouvia
humano sonho sempre esquecido
na eterna voz que fala o mar.
NOTA: Edição de “Mar Alto” – Figueira da Foz,
1 de Junho de 1969, no dia da Festa da Cidade ao poeta. (que era figueirense)
sábado, 5 de setembro de 2015
"Danubio"... enviado por mão amiga
Danúbio, de Claudio Magris, é um dos grandes romances europeus do nosso tempo - um romance classificado na categoria de literatura de viagens, cujo tema principal serve de pretexto para explorar e dissertar sobre a cultura centro-europeia, ou seja, da Mitteleuropa.
Danúbio obteve o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes em 2004. No entanto, o romance foi escrito durante o período do alargamento da União Europeia, no início dos anos oitenta do século XX.
Magris serve-se do Grande Rio que atravessa a Europa Central como se fosse o fio de Ariadne, isto é uma linha de orientação para atravessar o conjunto de culturas e etnias que se entrecruzam, sobrepõem mas raras vezes se misturam ou diluem umas nas outras insistindo, pelo contrário, no esforço de preservar uma identidade cultural face à força do federalismo e da standartização cultural e económica.
Essa viagem através do Danúbio (atravessando a Alemanha, a Áustria, a Hungria, a antiga Jugoslávia, a Roménia e a Turquia), o grande rio europeu, é a viagem pela história e pelo imaginário do nosso continente.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
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