Impõe-nos sempre a noite a sua mágica tarefa. Destrinçar o universo, as infinitas ramificações de efeitos e de causas, que se perdem na vertigem sem fundo que é o tempo. A noite quer que esqueças esta noite teu nome, teus avós, teu sangue, cada palavra humana e cada lágrima, o que a vigília já pôde ensinar-te, o ilusório ponto dos geómetras, a linha, o plano, o cubo ou a pirâmide, o cilindro ou a esfera, o mar, as ondas, teu rosto na almofada, essa frescura dos lençóis ainda novos, os jardins, os impérios, os césares e Shakespeare e o que é mais difícil, o que amas. Curiosamente, um comprimido pode extinguir o cosmos e erguer o caos.
Jorge Luis Borges, em A Cifra, antepenúltimo livro de poesia do escritor e poeta argentino, reunindo quarenta e cinco poemas escritos entre 1978 e 1981.
Novo livro do amigo Manuel Duarte, lançado no dia 9 na Biblioteca Municipal de Cascais, como sempre, rodeado dos seus bons amigos.
Durante quatro
milhões de anos, homens e mulheres viveram em comunidades desconhecendo
diferenciações de classe, a instituição familiar, a guerra e a repressão, uma
vez que a terra não sendo de ninguém era de todos.
A liberdade, a
igualdade a fraternidade faziam a regra.
Há cerca de dez mil
anos entrou-se em regime de excepção: surge a propriedade privada e com ela as
lutas fratricidas, o Estado e a família patriarcal.
As mulheres, não
obstante a pressão e os desejos dos homens, têm conseguido, até hoje,
salvaguardar direitos seus e ancestrais de natureza económica, social, afectiva
e cultural.
Entregando, no
dealbar das civilizações, a tarefa da guerra, aos homens, recolheram-se aos
lares exigindo, enquanto jovens, que os pais e os irmãos mais velhos
providenciassem pela sua sobrevivência, casadas tais encargos passassem a ser
da responsabilidade dos maridos, viúvas que a lei obrigasse os filhos a
sustentá-las. Foi a sua segunda vitória sobre as pretensões masculinas e de
subjugação.
As formações
económicas e sociais que se sucederam, transformaram o progresso social, na
medida em que se afastaram do regime de comunidade primitiva, numa tragédia,
quando ocorre pela primeira vez; numa farsa quando parece que algo se move, mas
nada se altera de substancial.
Pelo caminho, por
enquanto, apenas temos assistido a golpes de Estado, insurreições,
restaurações, terramotos sociais, políticos, económicos e culturais onde as
mulheres têm tido um papel determinante.
Obras deAi Weiweio artista chinês que anulou todas as suas participações em exposições como manifesto como a forma que os refugiados estão a ser tratados no norte da Europa. AQUI
O CAMPO foi libertado a 27 de Janeiro de 1945 e isto foi o que eu vi em Auschwitz
«Faz muito frio em Auschwitz», dirá mais tarde a mulher israelita com quem me cruzo na estação de caminhos-de-ferro de Cracóvia. Aproxima-se com um papel na mão e pergunta-me num inglês áspero se poderei ajudá-la. Respondo-lhe que não por ser também estrangeira, e ela continua a tentar junto à fila do guichet de informações: «Desculpem, sabem dizer-me onde fica o Hotel Chopin?» Era o meu hotel. Acabámos a partilhar um táxi – eu, ela e o marido – e nessa noite fico a saber que são ambos filhos de judeus polacos que sobreviveram fugindo para a zona de ocupação russa. Quase toda a família que ficara na parte anexada pela Alemanha em 1939 morrera no campo de concentração e extermínio de Auschwitz. Aqui a «solução» foi praticamente final: dos cerca de 3 milhões de judeus que viviam na Polónia antes da guerra, restavam 100 mil em 1945. A caminho do Campo, o guia polaco vai calado junto ao condutor. Antes da partida fizera questão de contar uma piada que adivinho da praxe, recolhidos nos vários hotéis os participantes do tour: «Este autocarro dirige-se a Auschwitz-Birkenau. Aos passageiros que quiserem descer é dada agora uma última oportunidade», e seguiram-se alguns risos de circunstância. A viagem é monótona. Depois de Cracóvia, árvores. Árvores, árvores, árvores. Despidas, de ramos suplicantes. Aldeias desertas. Mais aldeias desertas. Uma película viscosa, cinzenta e triste, adere ao céu e à paisagem. Chove. Estamos na estrada há cerca de uma hora. À vista de um entroncamento ferroviário adensa-se o silêncio dentro do autocarro, apenas interrompido pelo ronronar do motor. Todos parecem aguardar o pior. Mas ainda falta. As árvores austeras dão por vezes lugar a florestas sombrias a que se sucedem planícies cultivadas e, mais tarde, colado a Birkenau, ao fundo, depois da cerca de arame farpado, hei-de avistar um outro campo igual, de terra arada e duas casas. Todos os dias os moradores das casas olham a cerca. O mais provável é não a verem. Está ali há mais de 60 anos. Uma coisa com mais de 60 anos, se se mantiver, muito, muito quieta passa a ser invisível. A física não explica mas é assim. O guia informa agora que chegaremos dentro de pouco mais de 15 minutos e que a agência responsável pelo tour oferece um desconto de 20% no caso de uma segunda visita. No regresso explicará que também organizam idas às minas de sal de Wielicka e às montanhas Tatra, tudo muito perto de Cracóvia e a preços acessíveis: «Podem consultar os folhetos».
«Leve um casaco, faz muito frio em Auschwitz», diz a mulher israelita. No dia seguinte será pior. Volto de comboio e chego a Birkenau muito cedo. O local está praticamente deserto e ouve-se o barulho dos cortadores da erva. Do topo da torre de vigia principal, à entrada, avista-se a simetria desmesurada do campo de extermínio. Quase nada resta, mas ainda assim faz muito medo. «Queria ir a Auschwitz», confesso em tom sumido ao recepcionista do hotel. Cheguei a meio da tarde e andei pelas ruas de Cracóvia a confirmar que se trata de uma cidade belíssima, poupada pela guerra. O pudor não me deixara ainda pronunciar a palavra. Quero saber como chegar de comboio a Auschwitz. «De comboio?!», e num golpe de magia o homem larga sobre o balcão um folheto de excursões organizadas. «We have a very good tour to Auschwitz. Sai daqui às 9 horas, por volta das três e meia está de volta». Mostra-me o programa e, porque insisto no comboio, a contragosto consegue-me os horários. Já no quarto, telefono a informar que, afinal, mudei de ideias; se me pode incluir na lista do dia seguinte: «Nesse caso, terá de vir à recepção pagar o bilhete agora». Passa da meia-noite e a conversa com o recepcionista arrumara-me com o pudor. Apetece-me perguntar-lhe se tem pacotes de viagens com almoço e bebidas incluído.
Durante os anos de 1940-45, o número de vítimas do campo de concentração e extermínio de Auschwitz é calculado entre 1.100.000 e 1.500.000 pessoas, 90% das quais de origem judaica, a maior parte morta imediatamente à chegada, nas câmaras de gás. A plataforma de desembarque, onde os médicos SS seleccionavam os «aptos» e os «inaptos» (selecção a que só os judeus se sujeitavam), ficava em Birkenau. Os carris continuam lá. Quando, apesar de arrematada a excursão, acabo por voltar sozinha de comboio, dirijo-me directamente a Birkenau (conhecido como Auschwitz II). À saída, pergunto a direcção para Auschwitz (I). Os restos dos carris, passados 60 anos da libertação do campo, separaram-se da estrada ocultos entre veredas bucolicamente cobertas de plantas e flores silvestres e não servem de referência. Explicam-me que terei de descer até uma pequena ponte e virar à esquerda. São cerca de quatro quilómetros que percorro sob uma chuva intermitente e fria e que me levam a Oswiecim, o nome polaco da localidade a que os alemães chamaram Auschwitz. À época do nazismo, o percurso era inverso e de sentido único: vinha-se para Birkenau para morrer. O portão onde se inscreve a frase «Arbeit macht frei», milhões de vezes fotografado, torna-se insignificante quando comparado com o amplo parque de estacionamento junto à entrada que transborda de camionetas, táxis e ruidosos grupos de visitantes de cujo roteiro turístico faz parte um desvio pelo local. O tour do primeiro dia, embora rápido, incluíra os marcos mais terríveis do campo, do temível Bloco XI, com o muro de fuzilamento e as celas de tortura, ao crematório I, inaugurado por um grupo de prisioneiros soviéticos, cobaias do Zyklon B, o gás com que os nazis levariam a cabo a «Solução Final». No Bloco IV expõem-se os despojos. Aquando da Libertação, as tropas soviéticas encontraram pilhas de roupa, loiça, sapatos, malas (onde os proprietários deixaram escritos os nomes, estratégia de engano que convencia os recém-chegados de que as poderiam recolher mais tarde…), óculos, próteses, fotografias de família anónimas cujos retratados nunca mais se haveriam de rever… Numa vitrina amontoam-se latas usadas do mortífero Zyklon B, noutra tranças e restos de cabelo humano amarelecidos pelo tempo – uma pequena amostra das sete toneladas que os SS deixaram para trás e que deveriam ser exportadas para a Alemanha onde se transformariam em recheio para travesseiros, forros de casacos, edredões... Um ser humano dificilmente suporta tamanha realidade. Saio para o ar livre. Eu e uma americana de idade avançada. Cá fora, prestes a acender um cigarro, somos interpeladas por uma religiosa que passa e nos lembra, sorriso rasgado, que «is not allowed to smoke in Auschwitz». Mudas e cúmplices, aspiramos o fumo bem até às entranhas. [A velha americana há-de mais tarde assustar-me (eu distraída) ao repetir-me à orelha, voz cava e grossa: «is not allowed to smoke in Auschwitz!!!». E rimo-nos.] Não será a a única freira com quem me cruzo. Há muitas por aqui. E num terreno contíguo, o do edifício onde as carmelitas se instalaram em 1894, ergue-se uma cruz alta de seis metros, a que resta da acesa polémica que rodeou a colocação de mais de uma centena de cruzes em Auschwitz, em 1982. Na altura, o anti-semitismo renasceu nas palavras do líder da chamada Associação das Vítimas da Guerra, Mieczyslaw Janosz, um ex-polícia corrupto que se opôs vigorosamente à remoção dos crucifixos. Os símbolos cristãos foram retirados (excepto o referido), e as carmelitas partiram. Para um olhar atento, a tentativa de cristianização do local não passa despercebida. São cinco da tarde e os sinos tocam a rebate. Embora a hora de fecho seja às seis, um grupo de japoneses toma os sinos pelo sinal de encerramento e começa a dirigir-se apressadamente para a saída. Outros visitantes põem-se a correr na direcção do som, tentando perceber o que se passa. «Why-the-bells-are-ringing?», insisto pela terceira ou quarta vez junto de uma funcionária que simula não me perceber. Finalmente consigo que me expliquem, a contragosto, que o som vem de uma igreja próxima. Fazem questão de sublinhar, «fora do recinto do museu». A polémica sobre a cristianização de Auschwitz não é de agora. A canonização de Maximilian Kolbe (1982) e Edith Stein (1998) pelo Papa João Paulo II já tinha provocado reparos da comunidade judaica internacional. O primeiro, um padre franciscano que trocou a sua vida em Auschwitz pela de um outro condenado polaco (Franciszek Gajowniczek), fora responsável por uma importante publicação católica em cujas páginas se liam artigos anti-semitas; Edith Stein, filósofa alemã convertida ao cristianismo nos anos 20, tornar-se-ia freira carmelita e acabaria gaseada em Auschwitz juntamente com a irmã, embora, naturalmente, não por ser freira católica mas por ser judia. Nas palavras do rabino Leon Klenicki, um homem que se tem debruçado sobre o relacionamento actual entre as duas religiões, «prestar homenagem ao sofrimento cristão só é aceitável se isso não servir para negar a realidade de que o Holocausto foi essencialmente um programa de extermínio do povo judeu». Ou, como afirmou de modo definitivo o escritor e sobrevivente espanhol Jorge Semprún, e para acabar de vez com a ignóbil contabilidade dos cadáveres: «Existe, com efeito, uma confusão antiga, amiúde fruto da ignorância, ou talvez de um pensamento equívoco ou malévolo, entre a deportação de inimigos do nazismo – alemães anti-hitlerianos, resistentes europeus – e o extermínio de judeus e ciganos. Os primeiros foram detidos e deportados pelos seus actos, quaisquer que fossem as suas origens sociais ou a sua religião. Os segundos são exterminados por serem o que são, mesmo que nunca tenham cometido um acto ou um mero gesto de oposição ao regime. A diferença, mesmo que o número de mortos resistentes fosse comparável ao dos judeus exterminados – e não o é, de forma alguma –, não é uma diferença quantitativa: é ontológica.» Também por isto é difícil aceitar que em Auschwitz, onde o extermínio dos judeus atingiu o paroxismo, os únicos nomes referidos durante a visita guiada sejam os do padre Kolbe, Edith Stein e Stefan Jasienski (um prisioneiro da cela 21 do Bloco 11 que se supõe ser o autor do crucifixo e do Cristo gravados na parede que, vivamente, nos recomendam que olhemos). Como também se considera excessivo que no curto filme que se mostra aos visitantes se inclua uma missa católica e se perca a conta às religiosas cristãs e às cruzes. «Ninguém vai a Treblinka», resume o jovem inglês que encontro na estação de Oswiecim, onde somos os únicos a aguardar o comboio de regresso a Cracóvia. Quanto a Auschwitz, o comentário é lacónico: «Too much noise.» De facto, há demasiado barulho por aqui. Não em Birkenau, onde menos sobem e cuja desmesura assusta, a maior parte dos visitantes limitando-se às poucas barracas que sobram à entrada e a espreitar o campo do alto da torre de vigia. Desolação podia ser a palavra que define este campo de morte, onde os Blocos são nauseabundos e as ruínas dos crematórios se escondem ao longe, por entre árvores e erva fresca. Uma terra aparentemente igual a qualquer outra mas regada a cinzas. É aí, junto ao Crematório II, não longe do local da revolta do Sonderkommando, que avisto cabriolando por entre arbustos uma jovem corça, indiferente aos delírios dos homens e à maldição do lugar, a que também parece indiferente, embora sem o álibi da inocência, a nova-iorquina saída directamente de um filme de Woody Allen que clama a plenos pulmões não se conformar com o facto de não ter encontrado a escultura – «God! Uma madonna belíssima!» – que uma amiga tinha feito «expressamente para oferecer aos judeus». Os fotógrafos amadores invadem Auschwitz, procurando enquadramentos perfeitos junto às cercas de arame farpado para o recuerdo de grupo. Há gente que passa apressada, turistas do horror que acrescentam a visita do campo ao seu currículo. E depois há os outros. Os que escondem as lágrimas sob óculos de sol em dia de chuva. Os que entram e saem sem dizer palavra. Ou os sobreviventes. Eu vi-o em Auschwitz, velho e magro, apoiado numa bengala, e adivinhei-lhe a origem pela forma como andava por ali, como alguém que regressa a uma casa em ruínas à qual reconhece os cantos. Voltei a encontrá-lo por acaso em Kazimierz, o bairro judaico de Cracóvia, quando procurava a sinagoga Izaak, uma das oito sinagogas que voltaram entretanto a abrir portas. Ele disse: «Aqui era um bairro judeu». Eu disse: «Vi-o ontem em Auschwitz». Ele disse: «É possível. Uma irmã minha morreu lá em 19..., outra em 19...». Esqueci os nomes e as datas. O olhar dele era tranquilo, a voz amável, o pulso tatuado. Não consegui dizer mais nada. Fugi por vergonha de sentir uma dor que não me pertencia. Talvez o mesmo tenha se tenha passado com Patrícia, do Porto, Portugal, que deixou escrito no livro de visitas do Pavilhão da Checoslováquia, em Auschwitz: «9 de Maio de 2005. Infelizmente, este local existe. Mas, já que existe, espero que muita gente o visite para que jamais se repita.» E acabava com a candura de que só um jovem poderia ser capaz: «Beijinhos e desculpem». (2005)
Texto partilhado com a sua devida autorização, via FB, de Ana Cristina Leonardo, também colunista no jornal Expresso.
No teu amor por mim há uma rua que começa Nem árvores nem casas existiam antes que tu tivesses palavras e todo eu fosse um coração para elas Invento-te e o céu azula-se sobre esta triste condição de ter de receber dos choupos onde cantam os impossíveis pássaros a nova primavera Tocam sinos e levantam voo todos os cuidados Ó meu amor nem minha mãe tinha assim um regaço como este dia tem E eu chego e sento-me ao lado da primavera
Eu aposto no Sampaio da Nóvoa. Não é por ele ser um dos "nossos", dos académicos. Não. É por ele ver a política com os olhos de quem não esgotou nela a sua vida, de quem esteve de fora, embora por dentro - e bem, e inteligentemente, e de forma informada e culta - dos problemas sociais e políticos com que a política lida. A Maria de Belém sempre esteve "de dentro", bem de dentro dessa política do centrão que hoje a generalidade das pessoas tem como esgotada. É por isso que não se dá conta de que o seu currículo não é um ativo, mas o seu principal problema, um passivo, e eventualmente tóxico. Como também não se dá conta que aqueles rodriguinhos dos politicões já não dizem nada às pessoas. Por exemplo, ela acha que as pessoas não percebem a essencial relação que a sua candidatura tem com o incómodo que causa à direita do PS a nova abertura à esquerda e, sobretudo, a percepção de que o tempo da "velha política" está em profunda crise. A MBH pode mobilizar todos os recursos do politiquês, mas toda a gente percebe o evidente. Nem sequer estou a dizer que ela nos quer enganar. Não, ela é que está mesmo muito enganada. (retirado do FB, e escrito por António Hespanha)
Um ano antes da sua morte, Franz Kafka viveu uma experiência incomum. Andava pelo parque Steglitz em Berlim e conheceu uma menina que chorava desconsolada, tinha perdido a sua boneca.
Kafka ofereceu-se para ajudar a procurá-la e marcou encontro no dia seguinte no mesmo sítio.
Incapaz de encontrar a boneca escreveu uma carta por ela.
"Por favor, não chores, fui viajar para ver como é o mundo, escrevo para te contar as minhas aventuras...", assim começava a carta.
No dia seguinte, encontram-se e ele lê-lhe a carta descrevendo cuidadosamente as aventuras imaginárias da boneca amada.
A criança foi sendo consolada por vários dias, quando os encontros chegam ao fim, Kafka dá-lhe uma boneca de presente.
Esta era, obviamente, diferente da original e trazia uma nota em anexo a dizer: "…nas minhas viagens eu mudei."
Muitos anos depois, a menina cresceu e encontrou uma nota dobrada dentro da boneca.
Resumindo dizia: “…tudo aquilo que amas é provável vires a perder, mas no fim o amor transforma-se numa forma diferente."
no fim a dúvida ficou. A teoria do ser "unico/a", pode cair por terra. Ao fim de um ano, dez, trinta, ou 45 anos. Uma das teorias mais duvidosas na vida. Tão duvidosa como a "do filho único"ou "vários filhos". Amarei todos por igual ou cada um por aquilo que vale, valeu ou valerá? Nem a música e letra do " Smoke Get in your Eyes", em dia de festa lhe dissipou a tristeza e a dúvida. Cinema é a vida e o que também está para lá dela.
Teresa Salgueiro, mandatária nacional da campanha de SdaN
Pela emoção, partilhada com" alma" amiga, a tarde de ontem, dizia-me , Ana, és uma mulher de causas. Boa definição. Sabia-o, mas não não lhe tinha atribuído um nome. E, também fui professora. Mas que grande "causa" a minha. E outras causas defendi na vida, junto de grupos que me mereciam o desejo e a vontade de contribuir para a melhoria de vida dos meus pequenos cidadãos. E adultos também. Na comunidade educativa, metaforicamente falando, o público alvo quase ía dos 0 aos 80 anos. Por isso, e pelas causas defendidas por Sampaio da Nóvoa, estive do seu lado , assumidamente , desde o 1º momento.
Ontem , foi a apresentação dos seus mandatários nacionais e locais. Nem todos puderam estar.um ou dois. Uma candidatura de causas, com gente muito boa a sustentá-la. Deixo aqui o meu comentário de FB. Agora, mãos á obra.
Estive presente e emocionei me com o gabarito dos 40 mandatários escolhidos. Fosse este país formado por pessoas mais bem informadas, menos populistas e mais cultas e teríamos SdaN nosso Presidente. "CREME DE LA CREME". Tenhamos esperança. Façam o vosso trabalho de casa
há bocas há infernos há bocas infernais há bocas corporais que se podem tornar celestiais à noite rezam um padre nosso, uma avé-maria, seguida de uma salvé rainha ajoelham-se, benzem-se, pedem perdão e vivem no reino dos céus AMC (anamar)