sábado, 27 de fevereiro de 2016

Et voilá... fim de semana à vossa maneira

... porque quando chove e faz frio as escolhas calorosas são mais ao menos generosas. Algumas, muito a meu jeito....

Cai a Chuva Abandonada

Cai a chuva abandonada 
à minha melancolia, 
a melancolia do nada 
que é tudo o que em nós se cria. 

Memória estranha de outrora 
não a sei e está presente. 
Em mim por si se demora 
e nada em mim a consente 

do que me fala à razão. 
Mas a razão é limite 
do que tem ocasião 

de negar o que me fite 
de onde é a minha mansão 
que é mansão no sem-limite. 
Ao longe e ao alto é que estou 
e só daí é que sou. 

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1' 



6 comentários:

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, lindo poema ao meu jeito que me fala à razão dentre da ocasião.
Ouvir Gilbert Becaud e Jacques Brel é um bom inicio de fim de semana.
AG

Majo disse...

~~~
Brrrrrrrrrrrr...

Chuva gelada e arrepiante...

Gostei de ler este interessante poema

de Virgílio Ferreira que não conhecia, ou não lembrava.

Ao tempo que não ouvia esta 'chanson' de 1957...

~~~ Beijinhos, Ana. ~~~~~~~~~~~~~~

O Puma disse...

A desandar aqueci os pés

Bj

Graça Sampaio disse...

Gosto muito de vir aqui ver/ler estes pedaços de boa arte que a Ana aqui põe...

Beijos gratos.

anamar disse...

Obrigada, Graça Sampaio , e desculpe não a visitar como merece, mas nem sempre há tempo para tudo na blogosfera .

Beijinho

DE-PROPOSITO disse...

Bem,... chuva e frio, por isso está abandonada. SE fosse num dia de ver-ao certamente seria recebida com mais carinho.

Felicidades
MANUEL